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Superoferta derruba açúcar e preços superam custos no Brasil com especulação

28 out 2025, 10:05 - atualizado em 28 out 2025, 10:05
açúcar etanol
(iStock.com/Professor25)

Os preços do açúcar bruto atingiram seu menor patamar em quase 5 anos na bolsa de Nova York nesta semana. O contrato na ICE fechou em US$ 0,1434, menor nível desde dezembro de 2020.

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Em termos de fundamentos, o preço atual do açúcar está abaixo das projeções mínimas para o etanol do próximo ano, o que reflete uma paridade desfavorável entre os produtos. 

Segundo Marcelo Di Bonifácio, analista da StoneX, o mercado global vive um momento de clara superoferta. Ele explica que a demanda por importações está fraca, enquanto o Brasil mantém uma boa produção e as perspectivas para a próxima safra são excelentes. 

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“O mercado não esperava esse cenário e agora a ficha está caindo, o que acentua o movimento de baixa e atrai especuladores. Os dados de fundos estão defasados pelo shutdown do governo dos EUA, mas acredita-se que os fundos especulativos estejam com posições vendidas recordes”.

Do lado da demanda, há revisões negativas para o consumo de açúcar na Indonésia e nos EUA. Na parte da oferta, Ásia e Brasil, sustentam projeções otimistas. 

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“Muitas usinas caíram na armadilha, quando os preços estavam nos US$ 0,17, de que os valores iriam voltar a subir, e deixaram de fixar preços, sofrendo no restante do ano. Isso também impacta os preços, porque temos usinas bem estocadas. É um mercado realmente muito pessimista para preços”. 

Quanto aos fundamentos, os preços atuais não se justificam nos fundamentos, estando abaixo do custo de produção do Brasil, e, portanto, inferior a qualquer outro país. “A distorção ocorre pelo lado especulativo”. 

Já a safra 2025/2026 caminha bem, com agosto e setembro tendo sido meses excelentes, com as usinas operando com estabilidade, sem as “mortes súbitas” temidas anteriormente. 

“Outubro também foi positivo, embora o início das chuvas possa acelerar o encerramento da moagem a partir de novembro. A expectativa é que as usinas finalizem a safra de forma organizada, com o avanço das precipitações previstas para as próximas semanas”. 

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Repórter
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural. Em 2024 e 2025, ficou entre os 100 jornalistas + Admirados da Imprensa do Agronegócio.
pasquale.salvo@moneytimes.com.br
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