Economia

Surpresa no setor de serviços pode indicar PIB maior

13 jan 2022, 12:09 - atualizado em 13 jan 2022, 12:33
Viagens/Turismo/Aeroportos
Tendência positiva no turismo deve prevalecer ao longo de 2022, mesmo com a ômicron no radar, diz economista da RB Investimentos (Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Os novos dados de serviços do Brasil, divulgados pelo IBGE nesta quinta-feira (13), pegaram o mercado de surpresa e podem indicar um crescimento maior da economia brasileira em 2021 do que o esperado até então.

O setor registrou crescimento de 2,4% em novembro e interrompeu a sequência de perdas dos últimos dois meses. As expectativas sobre os números eram de ganho de 0,2%, de acordo com uma pesquisa da Reuters.

Na comparação com o mesmo mês de 2020, o volume de serviços disparou 10%. A Ativa Investimentos esperava alta de 5,7%, enquanto o Modalmais projetava um crescimento de 7,2%.

Segundo Felipe Sichel, estrategista-chefe do Modalmais, os dois feriados do mês provavelmente impactaram positivamente os resultados da pesquisa.

Étore Sanchez, economista-chefe Ativa, afirma que os resultados indicam uma revisão altista para o PIB em 2021, de 4,4% a 4,6%.

O que esperar daqui para frente?

Na opinião de Gustavo Cruz, economista e estrategista da RB Investimentos, o setor de serviços está no caminho para fechar 2021 com uma cara bem melhor em relação ao início do ano.

Cruz reforça a ideia de que o setor foi beneficiado pela demanda reprimida do país.

“A população brasileira não ficou satisfeita com todo o período de pandemia, de não poderem ter os serviços”, comenta o economista.

De acordo com Cruz, quando há a reabertura, a população tende a ir atrás dos serviços – basta ver o aumento de 4,2% do índice de atividades turísticas em novembro frente a outubro, a sétima taxa positiva consecutiva, diz.

Para o economista, essa tendência positiva no turismo deve prevalecer ao longo de 2022, mesmo com a ômicron no radar.

“Não vai ter um fechamento grande com a ômicron. Então, pode ser uma tendência positiva para este ano, dado que tem pouca gente que viajou por causa da pandemia. O ponto é: ainda tem muito para recuperar em termos de consumo do setor de turismo”, completa.

Já para Sichel, do Modalmais, o avanço da variante ômicron, o aumento da inflação e o aperto monetário podem “servir de obstáculos para um crescimento robusto dos serviços” mais adiante.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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