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Suzano (SUZB3): Analistas explicam queda após resultados do 1T25; O que fazer com as ações?

09 maio 2025, 15:36 - atualizado em 09 maio 2025, 17:46
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(Foto: Divulgação)

As ações da Suzano (SUZB3) não reagiram bem aos resultados da empresa no primeiro trimestre de 2025 (1T25). Os papéis registraram queda de 2,68%, a R$ 50,09 nesta sexta-feira (9).



Na visão do Bradesco BBI, a Suzano apresentou um conjunto fraco de resultados nos segmentos de Papel e Celulose. As vendas de celulose caíram 19% em relação ao 4T24, apesar de ter crescido 10% em comparação com o mesmo período do ano anterior.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 4,8 bilhões reportado pela empresa, ficou 6% abaixo do esperado pelo banco e 9% menor do que o consenso da Bloomberg projetava.

Em relatório da Ágora Investimentos, os analistas destacam que a queda nos volumes de celulose podem ser parcialmente explicadas por uma maior concentração de paradas para manutenção e algum acúmulo de estoque, além de um custo maior de produção.

Resultado não altera recomendações

A reação negativa do mercado já era esperada, porém o Bradesco BBI considera que a empresa deve melhorar sua dinâmica de resultados e geração de caixa nos próximos trimestres. A casa reitera a recomendação de compra.

O BTG Pactual também reafirmou a opção pela compra das ações da Suzano, com preço-alvo definido em R$ 81, um potencial de valorização de 57%, se comparado ao fechamento da última quinta-feira (8). Mesmo com ambiente desafiador, o banco vê o papel descontado.

Para os analistas, apesar do resultado fraco em celulose, o fluxo de caixa livre (FCF) foi positivo, apoiado por R$ 1,3 bilhão de liberação de capital de giro. Ainda, o BTG destaca que o projeto Cerrado, planta da empresa no Mato Grosso do Sul, está 97% concluído, o que deve trazer ganho de eficiência.

Outra casa que mantém a recomendação de compra para Suzano é a Genial Investimentos. Segundo a corretora, o 1T25 foi um “trimestre de sacrifício”, em virtude da penalização em excesso causada pelas paradas de manutenção e pela amortização de grande quantia da dívida bruta.

Com a recuperação em escala da eficiência operacional sem efeitos de paradas programadas nos próximos dois trimestres, bem como entrada em um período de melhor sazonalidade, os analistas esperam resultados melhores.

Para a Genial, a Suzano não está só pavimentando o processo de desalavancagem, como também está se preparando para um movimento escalonado conjunto de diversas benesses que deverá ser refletida no fluxo de caixa livre, compensando os números atuais.

O BB Investimentos também não alterou a recomendação para a empresa, permanecendo neutra na avaliação recente. O banco destaca que as ações da Suzano acumulam queda de 16,7% em 2025 até a última sessão (8), na contramão do Ibovespa, que se sobe 13,3% no período.

Mencionando o desempenho da Klabin (KLBN11), que também atua no setor, o banco afirma que boa parte do momento desfavorável se deve a taxa de câmbio, que caiu mais de 8% desde o início do ano, além das perspectivas de desaceleração da economia global.

No caso específico da Suzano, cujo principal demandante é a China, a expectativa de um ritmo mais lento de crescimento da atividade chinesa é replicada para o nível de importações no país, o que pode segurar os preços da celulose em patamares mais baixos.

Ainda assim, o BB menciona a alta competitividade de custos como um fator favorável para a empresa, sobretudo pelo aumento da produtividade com o projeto Cerrado. No entanto, o endividamento ainda representa alguma preocupação, embora não tenha avançado no 1T25.

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Repórter estagiário no Money Times, graduando em jornalismo pela Universidade de São Paulo (USP). Cobre empresas, mercados e agronegócio desde 2024.
gustavo.silva@moneytimes.com.br
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