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Taesa (TAEE11), Engie (EGIE3), AES Brasil (AESB3): Lucros vão cair mais de 20% no 4T21, prevê Safra

14 fev 2022, 15:10 - atualizado em 14 fev 2022, 21:10
Setor Elétrico
Taesa deverá ter queda no lucro e alta no Ebitda, prevê Safra; veja o que esperar do quarto trimestre de 2021 das elétricas (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)

Os resultados das empresas elétricas do quarto trimestre de 2021 devem vir apagados, prevê o Safra, em relatório enviado a clientes. A Engie (EGIE3) divulga o seu resultado nesta segunda-feira (14), depois do fechamento, enquanto a Taesa (TAEE11) informa os números na sexta (18).

Na visão dos analistas Daniel Travitzky e Mário Wobeto, as companhias de distribuição serão afetadas pelo clima mais difícil, com a estação mais fria pesando (em climas quentes, o consumo de energia aumenta).

No caso das geradoras, a crise hídrica ainda deverá trazer efeitos nos números, prejudicando as hidrelétricas de Engie, AES Brasil (AESB3) e Energias do Brasil (ENBR3).

Já as transmissoras deverão ter resultados melhores, beneficiando-se do aumento da inflação nas receitas, especialmente para Taesa e Alupar (ALUP11), já que o índice IGP-M (Índice Geral de Preços Médio) é usado no cálculo dos contratos de ambas.

Veja o que esperar de cada empresa:

Engie

Para o Safra, a Engie divulgará Ebitda de R$ 1,3 bilhão, queda de 42% do ano e 7,6% abaixo do consenso. O lucro líquido deverá despencar 77%, para R$ 236 milhões.

“A má hidrologia impacta parcialmente os resultados da Engie, devido ao seu portfólio diversificado de ativos de geração”, justifica.

Já a correção monetária do passivo pelo IGP-M deve prejudicar o resultado.

Energias do Brasil

No caso da Energias do Brasil, é esperado um Ebitda de R$ 798 milhões, queda de 43%, e lucro líquido de R$ 283 milhões, redução de 60%, 1,4% abaixo do consenso.

“Menores volumes do braço distribuição e más condições hídricas devem pressionar os resultados da Energias do Brasil”, diz o Safra.

A Energias do Brasil divulga seu resultado no dia 16 de fevereiro.

Neoenergia

A Neoenergia deverá ter uma queda de 38% no lucro líquido, para R$ 614 milhões, e um Ebitda de R$ 2 bilhões, alta de 0,7%.

“Os menores volumes de distribuição serão parcialmente compensados pelos resultados de geração renovável e térmica”, avaliam os analistas.

A Neoenergia divulgará os números trimestrais no dia 17 de fevereiro.

Taesa

Para a Taesa, o Safra espera alta de 44% no Ebitda. Porém, o lucro líquido deverá cair 37%.

“Antecipação de Janaúba e reajustes de AAR indexados à inflação devem impulsionar os resultados do trimestre”, diz.

Alupar

Os analistas veem alta de 111% no lucro líquido para a Alupar, com Ebitda de R$ 522 milhões, elevação de 25%.

Na opinião de Travitzky e Wobeto, apesar da má hidrologia, o segmento de transmissão deverá compensar a piora, beneficiado pelo repasse da inflação.

A Alupar divulga seus resultados no dia 24 de fevereiro.

AES Brasil

O Safra estima um Ebitda de R$ 210 milhões para a AES, queda de 82%, e um prejuízo líquido de R$ 41 milhões, revertendo o lucro de R$ 603 milhões do mesmo período do ano passado.

De acordo com o banco, os resultados operacionais da AES Brasil serão afetados negativamente pelo cenário hidrelétrico desfavorável.

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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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