Taesa (TAEE11): Queda após balanço pode ser só o início de uma correção
A Taesa (TAEE11) pode seguir em queda mais profunda do que a registrada hoje, segundo o BTG Pactual. Os papéis recuavam 2% por volta das 15h40 desta quinta-feira (11), a R$ 42,29, após a divulgação do balanço do segundo trimestre.
O banco voltou a dizer que a ação é mais cara do setor, dentre as empresa avaliadas pelos analistas da casa, com uma taxa interna de retorno de 2,4%. “Daí nossa classificação de ‘venda'”, disse.
O BTG tem preço-alvo de R$ 32 para TAEE11, o que representa um potencial de queda de 25,8%, considerando a cotação da véspera.
“Após os altos dividendos pagos nos últimos trimestres, a alavancagem subiu para níveis menos confortáveis (3,7x ND/Ebitda no 2T22)”, destaca relatório assinado por Joao Pimentel e Gisele Gushiken.
Os analistas falam em correção no preço das ações da Taesa para “patamares mais razoáveis”, tendo em vista o “balanço mais alongado e lucro normalizado”.
Desafios da Taesa
A Taesa venceu o bloco 10 no leilão de transmissão realizado pela Aneel no final de junho, com capex estimado de R$ 243 milhões e RAP correspondente de R$ 19 milhões.
A administração não divulgou um guidance, mas, segundo o BTG, a empresa teria uma taxa interna de retorno de 7,4% com o projeto.
O número, diz o banco, está em linha com o previsto para outros blocos, mas confirma o quão desafiador é crescer em um segmento que altamente competitivo.
A Taesa reportou Ebitda de R$ 465 milhões no segundo trimestre, enquanto o BTG esperava por R$ 460 milhões. A cifra representou um aumento de 40% na base anual.
Despesas financeiras líquidas acima do esperado e equivalência patrimonial mais fraca levaram a um lucro líquido de R$ 142 milhões, 13% abaixo do esperado pelo banco.
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