Energia Elétrica

Tarcísio diz que Enel é incapaz de prestar serviço em SP e pede apoio ao TCU por intervenção

15 out 2024, 19:13 - atualizado em 15 out 2024, 19:13
tarcísio de freitas enel
(Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, afirmou nesta terça-feira (15) que a distribuidora de energia elétrica Enel não tem condições de atender o Estado e pediu apoio do Tribunal de Contas da União (TCU) para que o governo federal intervenha na companhia.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Com mais de 200 mil domicílios em São Paulo ainda sem energia elétrica após uma chuva na sexta-feira passada, o governador de São Paulo afirmou que a Enel “não avançou” com contratação de pessoal adicional e nem com a execução de plano de contingência.

“A empresa (Enel) já se mostrou incapaz de prestar serviço de qualidade na cidade de São Paulo”, disse Freitas a jornalistas após reunião com o presidente do TCU, Augusto Nardes, e acompanhado por 16 prefeitos da região metropolitana de São Paulo.

“Chamamos a direção da empresa, o conselho (de administração) da empresa, com o presidente-executivo global da empresa e nada disso funcionou”, disse o governador.

Segundo Freitas, o modelo de concessão das distribuidoras de energia precisa ser revisto, porque “é fácil dar drible regulatório se a empresa não tem o menor interesse em realizar obras”. O governador afirmou que entregou sugestões de mudanças a Nardes.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Por sua vez, o presidente do TCU disse que cobrou da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que é responsável pela fiscalização da Enel, documentos sobre as ações da autarquia e não descartou possibilidade de intervenção, mas frisou por diversas vezes ao longo da entrevista coletiva que essa é uma atribuição do governo federal.

“Como a Aneel não está avançando vamos cobrar da Aneel… mas cabe ao governo federal (uma intervenção)”, disse o presidente do TCU. “Diante de uma situação dramática, se o governo federal não fizer, ele será também responsabilizado”, disse Nardes se referindo a ações para fiscalização da Enel.

O governador de São Paulo afirmou que já conversou “inúmeras vezes” cobrando providência da Aneel contra a Enel. “É uma empresa inapta, não há dúvida disso, estamos sendo obrigados a conviver com essa empresa.”

Procurada pela Reuters, a empresa não respondeu de imediato a pedido de comentário sobre as declarações do governador.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

No ano passado, a Enel recebeu a maior multa já imposta pela Aneel, no valor de 165 milhões de reais, por um outro apagão em São Paulo, em novembro. Essa e uma segunda multa, de mais de 90 milhões de reais, ainda não foram pagas porque a distribuidora recorreu à Justiça.

Segundo a Federação do Comércio do Estado de São Paulo (FecomercioSP), o apagão já causou pelo menos 1,65 bilhão de reais em prejuízos ao varejo e aos serviços da capital paulista.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Compartilhar

WhatsAppTwitterLinkedinFacebookTelegram
A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.
reuters@moneytimes.com.br
A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.
As melhores ideias de investimento

Receba gratuitamente as recomendações da equipe de análise do BTG Pactual – toda semana, com curadoria do Money Picks

OBS: Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies.

Fechar