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Taurus (TASA4) aposta em robôs, educação e estima economia de milhões de reais

16 out 2023, 18:06 - atualizado em 16 out 2023, 18:34
Loja da Taurus AMTT
A fabricante gaúcha está implantando robôs e inteligência artificial na manufatura de armas de fogo, além de executar parcerias com universidades locais (Imagem: Divulgação/ Taurus)

A Taurus (TASA4) vem traçando uma estratégia rumo uma maior eficiência na produção de armas, integrada com um centro tecnológico avançado e profissionais qualificados, formados com apoio da empresa.

Nomeada de “Taurus 4.0“, o plano vem sob duas medidas, que já estão em execução: uma investindo em tecnologia, via robôs e inteligência artificial, para aprimorar a produtividade, economizar capital e ganhar tempo.

Outra em parcerias com universidades, como a Universidade de Caxias do Sul (UCS) e Universidade do Vale do Rio do Sinos (Unisinos), próximos à sede da companhia, em São Leopoldo (RS).

Assim a empresa lançou um MBE (Master Business Education) em “Engenharia e Sistemas de Produção Taurus”, que teve sua primeira formatura recentemente.

“Todos esses equipamentos, afinal, serão operados por esses profissionais que precisam ser capacitados constantemente”, afirma o CEO da companhia, Salesio Nuhs, em nota divulgada na última semana.

Economia de milhões de reais ao ano, estima Taurus

Nuhs também afirma que a empresa investiu cerca de R$ 500 milhões no último anos “em novos maquinários, equipamentos, sistemas, processos de produção automatizados, desenvolvimento de células robotizadas, para modernização do parque fabril da Taurus em direção à indústria 4.0″

Com robôs e inteligência artificial na produção de armas, que começaram a ser implantados neste ano, a companhia gaúcha projeta uma economia R$ 15 milhões ao ano somente com a sucata que deixará de existir.

A projeção considera que a automatização deve diminuir o tempo de manufatura dos produtos; eliminar perdas e reduzir mão de obra, reduzindo o custo de produção.

A empresa deverá ter três “Células de Manufatura Autônoma”. A primeira, atualmente em implantação na empresa, é para a produção de revólveres. A expectativa é de uma produção de 900 armas por dia.

Posteriormente, a companhia gaúcha deverá ter cédulas também para pistolas e armas táticas.

Foco em ESG

A companhia gaúcha também diz estar atenta às demandas do mercado, como os investimentos ESG (environmental, social, and corporate governance). Um dos eixos ESG da empresa está na exploração de novos materiais para a fabricação de armas.

Recentemente, a companhia anunciou que lançará uma “arma inédita” com nióbio em sua composição. O lançamento vem após a empresa ter lançado uma pistola com grafeno, em julho de 2022.

“Acreditamos que esses investimentos e projetos são de extrema importância para o país, agregando valor às nossas riquezas, à medida que possuímos 75% das reservas de grafite no planeta e mais de 90% das reservas de nióbio”, diz o CEO em nota.

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Repórter formado pela PUC-SP, com passagem pelo Poder360, Estadão e Investidor Institucional. Tem pós-graduação em jornalismo econômico pela FGV-SP, através do programa Foca Econômico 2022, do grupo Estado. No Money Times, cobre política, mercados e também a indústria de armas leves no Brasil.
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Repórter formado pela PUC-SP, com passagem pelo Poder360, Estadão e Investidor Institucional. Tem pós-graduação em jornalismo econômico pela FGV-SP, através do programa Foca Econômico 2022, do grupo Estado. No Money Times, cobre política, mercados e também a indústria de armas leves no Brasil.
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