Tchau, Bolsa: Ventos Alísios compra 64,8% da Serena Energia (SRNA3) em leilão para fechamento de capital
A Serena Energia (SRNA3) anunciou nesta quarta-feira (5) que a Ventos Alísios Participações Societárias adquiriu 403 milhões de ações ordinárias da companhia, correspondentes a 64,8% do capital social.
A operação decorre do leilão realizado no âmbito da oferta pública de aquisição (OPA) para fechamento de capital e saída da Serena do segmento Novo Mercado da B3, conforme fato relevante.
De acordo com o documento, a compra das ações da geradora de energia renovável foi feita ao preço de R$ 12,63 cada, totalizando R$ 5,10 bilhões.
A título de comparação, os papéis SRNA3 encerraram o último pregão negociados a R$ 12,50. Acompanhe o tempo real.
Após a conclusão das operações do leilão, a Ventos Alísios passará a deter 96,1% da companhia, disse a Serena.
Contudo, ainda permanecerão em circulação 24 milhões de ações, o equivalente a 3,9% do capital social.
Com isso, a Serena deixará o Novo Mercado e converterá seu registro de empresa aberta da categoria “A” para a categoria “B”, o que altera obrigações de governança e direitos vinculados ao segmento especial de listagem.
Como menos de 5% das ações permanecerão em circulação, a companhia prevê convocar uma assembleia (AGE) para aprovar o resgate compulsório desses papéis.
Os acionistas que não venderam suas ações no leilão poderão negociá-las no chamado período de aquisição superveniente, ao preço da OPA devidamente atualizado: o valor-base partiu de R$ 11,74 por papel, corrigido pela taxa DI até a data de liquidação, resultando em R$ 12,63.
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Em maio, a companhia havia informado que a transação visa “simplificar a estrutura corporativa e organizacional, conferindo maior flexibilidade na gestão financeira e operacional, aumentando sua capacidade de realizar novos investimentos, incluindo projetos no Brasil e nos Estados Unidos”.
O movimento ocorre durante a busca da elétrica pela redução de dívidas: em 2023, a Serena registrou alavancagem de 6,8 vezes a dívida líquida/Ebitda. No final de 2024, houve redução para 4,38 vezes.
Importante ressaltar que a alavancagem é medida pela relação dívida líquida sobre o lucro antes dos juros, tributos, depreciação e amortização (Ebitda). Portanto, quanto mais elevado o número, maior é o risco financeiro.
*Com informações da Reuters