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Telegram: Entenda a história nebulosa e polêmica do app de mensagens bloqueado no Brasil

18 mar 2022, 16:46 - atualizado em 18 mar 2022, 16:50
Telegram é suspenso do Brasil
O Telegram, rival do WhatsApp, é suspenso do Brasil (Imagem: Christian Wiediger/Unplash)

Com uma história pouco conhecida e cheia de polêmicas, a rede social Telegram teve sua suspensão determinada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, na sexta-feira (18).

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Principal concorrente do WhatsApp, aplicativo de mensagens instantâneas da Meta (ex-Facebook), o Telegram tem uma origem diferente das principais redes sociais, vindas dos Estados Unidos ou da China: ele é russo.

Sua criação aconteceu muito tempo antes de a Rússia invadir a Ucrânia, em 2013, fundado pelos irmãos Nikolai e Pavel Durov.

Segundo o site do app, Pavel apoia “financeiramente e ideologicamente o Telegram”, enquanto a contribuição de Nikolai é tecnológica.

Para tirar a rede social do papel, a empresa informa que “Nikolai desenvolveu um protocolo de dados personalizado e exclusivo, aberto, seguro e otimizado para o trabalho com vários centros de dados”.

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Com o intuito de se diferenciar das redes sociais dominantes do mercado — como a norte-americana Facebook — os fundadores estabeleceram uma criptografia ponta a ponta no programa atrelado a mecanismos como a possibilidade de iniciar conversas secretas, que são deletadas automaticamente após um tempo determinado pelo usuário.

No Brasil, o aplicativo se tornou popular em 2015, quando o WhatsApp foi bloqueado pela justiça.

Depois disso, nos episódios de quedas ou bloqueios do rival, o Telegram se apresentou como uma alternativa de comunicação rápida e gratuita. Segundo a Statista, atualmente 45% dos brasileiros utilizam a rede social, enquanto 98% dos usuários afirmam usar o WhatsApp.

Hoje, a equipe de desenvolvimento do Telegram está sediada em Dubai, considerada um paraíso fiscal e sede de algumas offshores, porém, a maioria dos seus desenvolvedores vem originalmente de São Petersburgo, na Rússia.

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De acordo com as informações da empresa, a equipe do Telegram teve que deixar a Rússia devido às regulamentações locais de TI e tentou vários locais como sua base, incluindo Berlim, Londres e Singapura.

No momento, o aplicativo diz que está feliz em Dubai, “mas estamos prontos para nos mudar novamente se as regulamentações locais mudarem”, afirma a rede social em seu site.

Essas mudanças e dificuldades em achar uma sede são movidas, principalmente, pela falta de transparência que muitos países enxergam na plataforma. Com isso, regularizar o que acontece no aplicativo se torna difícil e contrário a muitas legislações vigentes.

É seguindo essa mesma linha que o ministro Alexandre de Moraes determinou a suspensão do app no Brasil pautado no seguinte argumento: “o aplicativo Telegram é notoriamente conhecido por sua postura de não cooperar com autoridades judiciais e policiais de diversos países, inclusive colocando essa atitude não colaborativa como uma vantagem em relação a outros aplicativos de comunicação, o que o torna um terreno livre para proliferação de diversos conteúdos, inclusive com repercussão na área criminal”, afirmou.

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Estagiária
Formada em Gestão de Negócios e Inovação pela Fatec Sebrae e, atualmente, estudante de Jornalismo da Faculdade Cásper Líbero. Tem como propósito atuar visando os princípios éticos do jornalismo com comprometimento com a informação de qualidade e o combate à desinformação.
gabriela.occhipinti@moneytimes.com.br
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