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‘Tem bastante espaço para ação andar’, diz CFO do BTG (BPAC11) após resultados; BB Investimentos vê ‘reprecificação’

12 maio 2025, 16:55 - atualizado em 12 maio 2025, 17:09
BTG
"Trata-se mais de um movimento de curto prazo, possivelmente influenciado por notícias no cenário internacional", diz Renato Cohn, CFO do banco (Imagem: Divulgação)

A ação do BTG (BPAC11) ainda tem bastante espaço para andar, conforme entrega mais resultados, afirmou Renato Cohn, CFO do banco, em teleconferência com jornalistas nesta segunda-feira.

Para o executivo, o banco negocia a um patamar de múltiplo “adequado” e em linha com o crescimento e com a qualidade da entrega.

Mais cedo, o BTG reportou uma nova expansão do lucro, de 16,5%, para R$ 3,4 bilhões — um recorde histórico.

Mesmo assim, na bolsa, a ação chegou a cair mais de 3%. Por volta das 15h30, o papel recuava 3%.

Para ele, a reação de hoje tem mais relação com o momento do mercado.

Se olhar as ações do setor financeiro, elas estão caindo muito em linha. As ações na semana passada subiram muito. As ações aqui no Brasil e algumas do setor financeiro, na maioria, estão caindo“.

Nesta segunda-feira, o Ibovespa, estava estável. Além disso, os bancos caíam em bloco, com Bradesco (BBDC4) a 1,85%, Banco do Brasil (BBAS3), 1,86%, Itaú (ITUB4), 2,36% e Santander (SANB11), 1,40%.

No ano, a ação disparou nada menos que 50%, superando os outros bancões de longe.

ROE vai continuar subindo?

E não foi só na bolsa que o BTG bateu o quarteto. O ROE (retorno sobre o patrimônio) também ficou acima dos outros bancos, em 23,2%.

De acordo com Cohn, ainda há espaço para expansão.

“Ao mesmo tempo, diversos investimentos estão sendo feitos com o propósito de preservar e sustentar um ROE mais elevado ao longo do tempo”.

Como foram os resultados do BTG?

Na visão do BB Investimentos, o BTG teve resultados positivos, com lucro puxado pelos segmentos Asset, Wealth e Corporate Lending, que compensaram o desempenho mais fraco em Investment Banking e Sales and Trading.

Para os analistas, a resiliência foi novamente posta à prova, em um trimestre marcado não apenas por forte recuo na atividade de mercado de capitais, comparativamente ao trimestre anterior, como também por uma sazonalidade com menos dias úteis.

“Mesmo diante desse contexto menos construtivo, mais uma vez o banco registrou lucro recorde graças à diversificação de receitas e boa gestão de custos, mantendo-se eficiente”.

Já a linha de Investment Banking sofreu com o ambiente de incertezas, que reduziu o apetite por operações de DCM e M&A, levando as receitas a um volume de R$ 380 milhões.

O que fazer com BTG?

A casa recorda que as units costumam ser muito mais voláteis que o Ibovespa, “respondendo de forma mais crítica a mudanças de expectativas de juros, atividade em mercado de capitais e risco-Brasil, por ser uma empresa associada a crescimento“.

Nos últimos 12 meses, por exemplo, viveu o inferno (fechamento de 2024) e o céu (momento atual), puxado pelas mudanças de ventos da economia.

Porém, para o BB, o cenário menos empolgante e com limitados gatilhos positivos parece ter “cedido lugar — e rapidamente —” a um ambiente mais construtivo após os números.

O BB diz que não apenas o Brasil foi alçado a um lugar privilegiado no contexto de guerra comercial, mas a “isso ainda se somou um recente viés de encerramento do ciclo de aperto monetário por aqui, desenhando um combo de fatores que soam como música para investidores em ações de crescimento como o BTG“.

“Temos então a materialização de uma provável atmosfera onde o BTG pode continuar navegando com a sua resiliência advinda da diversificação de receitas, podendo contar ainda com eventuais performances mais robustas em suas franquias mais sensíveis a contextos macroeconômicos”.

A recomendação foi reiterada em compra, com preço-alvo de R$ 40.

“É provável que vejamos uma reprecificação do valor justo das units do BTG no curto prazo”.

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Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022, 2023 e 2024. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
renan.dantas@moneytimes.com.br
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