O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) acelerou a alta a 0,42% em setembro, de 0,36% no mês anterior, em resultado que ficou acima do esperado, mostraram dados divulgados pela Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta segunda-feira
A expectativa em pesquisa da Reuters era de avanço de 0,35%, e com o resultado do mês o índice passou a acumular em 12 meses alta de 2,82%.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que responde por 60% do índice geral e apura a variação dos preços no atacado, teve alta de 0,49% em setembro, depois de subido 0,43% no mês anterior.
“A queda entre os bens finais foi menos intensa, o que favoreceu a aceleração do IPA”, disse André Braz, economista do FGV IBRE, uma vez que a queda nos custos dos Bens Finais passou a 0,02 no mês, de uma deflação de 0,55% no mês anterior.
Já o avanço das Matérias-primas Brutas desacelerou a 1,47%, de 1,56% antes.
“Esse movimento, de matérias-primas subindo menos, pode reduzir a pressão por repasses ao longo da cadeia produtiva”, completou.
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que tem peso de 30% no índice geral, avançou 0,25% em setembro, de uma queda de 0,07% em agosto.
Entre as oito classes de despesa que compõem o índice, quatro apresentaram avanços nas suas taxas de variação: Habitação (-0,19% para 1,14%), Educação, Leitura e Recreação (-0,78% para 0,38%), Transportes (-0,22% para 0,16%) e Alimentação (-0,42% para -0,29%).
“No IPC, o término do bônus de Itaipu elevou o preço da energia elétrica, que se tornou a principal influência sobre o índice que mede a variação do custo de vida”, disse Braz, referindo-se ao valor distribuído aos consumidores todo ano após apuração do saldo registrado na conta de comercialização da energia da usina hidrelétrica binacional no ano anterior.
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) passou a subir no período 0,21%, de uma alta de 0,70% em agosto.
O IGP-M calcula os preços ao produtor, consumidor e na construção civil entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência.
*Com informações da Reuters