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Tenda: mercado é injusto com a ação (e pode perder uma alta de 50% por isso)

16 jul 2021, 14:20 - atualizado em 16 jul 2021, 14:20
Futuro: casas pré-moldadas da Tenda são a próxima grande fonte de geração de valor para acionistas (Imagem: Divulgação/Tenda)

Os analistas que já se manifestaram sobre a prévia operacional do segundo trimestre da Tenda (TEND3), divulgada ontem (15), não economizaram elogios. “Forte”, “sólido”, “resiliente” são alguns dos adjetivos usados. Mas a apatia dos investidores impede que as ações reflitam esse bom momento – sorte de quem perceber primeiro.

Bruno Mendonça, Hugo Grassi e Pedro Lobato, que assinam o relatório do Bradesco BBI sobre o assunto, lembram que, no geral, as ações do setor de construção civil acumulam perdas neste ano, mas inferiores à da Tenda.

“A ação [da Tenda] perdeu até agora 17%, versus a média de 7% de seus pares, o que vemos como injustificado”, afirmam. Para o trio, tamanha queda indica que o mercado não ainda precificou o projeto de construção de casas offset (pré-moldadas), “o que leva à maior assimetria de valor da nossa cobertura”.

Veja o que fazer com as ações

Instituição Recomendação Preço-alvo (R$) Upside (%)*
Bradesco BBI Outperform 36 43,6
BTG Pactual Compra 40 59,5
XP Investimentos Compra 38 51,6
Média 38 51,6
*sobre o fechamento de 15/07

Gustavo Cambauva e Elvis Credendio, autores do relatório do BTG Pactual, também apresentaram uma visão bastante positiva da prévia operacional da companhia. “Foi um trimestre marcado por novos recordes de lançamentos e vendas, com vendas sobre oferta também impressionantes”, resumem.

Margens preservadas

A dupla sublinha que a companhia compensou parte da alta dos custos de construção, elevando o preço de venda dos imóveis. Assim, as margens devem sofrer menos que o esperado, o que ajudará a manter um alto ROE (Retorno sobre Patrimônio Líquido).

A XP Investimentos também se manifestou sobre os números da empresa. Para Renan Manda e Lucas Hoon, que assinam a análise da gestora, eles confirmam a “resiliência do segmento de baixa renda e ganho de participação de mercado no programa Casa Verde e Amarela das grandes incorporadoras.”

Veja a prévia operacional do segundo trimestre da Tenda.

Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
marcio.juliboni@moneytimes.com.br
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.