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Tenda (TEND3) chega a 8 trimestres de prejuízo, que sobe para R$ 23,8 milhões

09 nov 2023, 19:58 - atualizado em 09 nov 2023, 20:08
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Não foi no terceiro trimestre que a Tenda deu fim à sequência de prejuízos, que vêm desde 2021 (Foto: Tenda/Divulgação)

No terceiro trimestre, marcado por oferta de ações (follow-on) e mudanças no programa habitacional Minha Casa, Minha Vida (MCMV), a Tenda (TEND3) viu o seu prejuízo líquido atingir R$ 23,8 milhões.

Com isso, houve redução de 88,7% na comparação com o prejuízo de R$ 210,4 milhões registrado no mesmo período de 2022. Porém, o montante subiu em relação ao segundo trimestre, quando o indicador somou R$ 10,5 milhões.

Desta forma, a construtora mineira chegou oito trimestres seguidos de prejuízo. Os números consideram os resultados da construtora e de sua subsidiária Alea.

Por outro lado, a receita líquida cresceu 37,2% de julho a setembro na base anual, para R$ 786,3 milhões.

Enquanto o lucro bruto ajustado consolidado foi de R$ 189,4 milhões, total quase seis vezes acima do visto no terceiro trimestre do ano passado. A margem bruta ajustada atingiu 24,1%, salto de 18,5 pontos percentuais (p.p.) na mesma base de comparação.

“Pela primeira vez desde o 2021, não identificamos desvios de custo em nossos orçamentos, demonstrando que
estão alinhados com a nossa estrutura de custos atual. Como resultado, nossa margem bruta ajustada melhorou”, destaca a mensagem de administração da Tenda.

Além disso, a empresa gerou caixa operacional de R$ 5 milhões no trimestre, enquanto queimou R$ 77,1 milhões no mesmo período do ano anterior.

Sendo assim, a dívida líquida sobre o patrimônio líquido (alavancagem) ficou em 50,3%, 42,4 p.p. abaixo do visto um ano antes.

A Tenda destacou que o follow-on contribuiu para redução da dívida líquida de R$ 172,9 milhões em comparação com o segundo trimestre. A construtora captou volume bruto de R$ 234 milhões na operação.

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MCMV impulsiona vendas e lançamentos da Tenda

No mês passado, a empresa de construção civil divulgou a sua prévia operacional do trimestre exibindo salto de 79,7% nas vendas líquidas, atingindo R$ 923,7 milhões. Desta forma, a velocidade de vendas (VSO) ficou em 30,2%, alta de 9,1 p.p. na base anual.

Entre julho e setembro, a Tenda lançou nove empreendimentos, mesma quantidade da subsidiária Alea. Diante disso, elas viram o valor geral de vendas (VGV) mais que dobrar em um ano. Passando de R$ 376,2 milhões no terceiro trimestre de 2022 para R$ 880,6 milhões este ano.

A empresa mineira destacou que as novas medidas do Minha Casa, Minha Vida, anunciadas em junho, impactaram diretamente em 90% de suas vendas.

Além disso, o preço médio por unidade da Tenda e da Alea ficou em R$ 195,5 mil. Contudo, esse montante ficou 7% abaixo do observado no mesmo período do ano passado.

Nesta quinta-feira (09), as ações da Tenda lideraram os ganhos do setor imobiliário na Bolsa brasileira, com salto de 6,39%, cotadas perto de R$ 13,70.

A construtora mineira também é destaque no acumulado de 2023, já que os papéis disparam mais de 220%.

Leia os resultados da Tenda na íntegra:

Repórter
Jornalista mineira com experiência em TV, rádio, agência de notícias e sites na cobertura de mercado financeiro, empresas, agronegócio e entretenimento. Antes do Money Times, passou pelo Valor Econômico, Agência CMA, Canal Rural, RIT TV e outros.
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