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Tentativa de maior pressão dos frigoríficos esbarra na pouca oferta de boi

03 jul 2019, 18:01 - atualizado em 03 jul 2019, 18:01
Indústrias têm folga de abates, mas cenário de oferta segura queda maior do preço do boi (Crédito: Gabriel Jabur/Agência Brasília)

Depois que a @ do boi perdeu de R$ 2,00 a R$ 2,50, na média paulista, da semana passada para esta, com as indústrias frigoríficas alongando suas escalas de abate, elas agora tentam jogar pressão com o frio que deve chegar a partir de amanhã no Sudeste e partes do Centro-Oeste. Mas já não tem tanto animal disponível porque os pastos já derreteram em São Paulo e estão derretendo em pedaços do Mato Grosso do Sul, Minas, Goiás e Mato Grosso.

E também os bois de confinamento não estão totalmente prontos em grande volume. A participação no abate ainda é lento

Com isso, mostra Douglas Coelho, sócio da Radar Investimentos, a queda da cotação no balcão perdeu ritmo, se não ficou mais lateralizada. Manteve nesta quarta (3) os R$ 154,00 à vista e os R$ 157,00 no prazo.

Na Agrifatto, o registro se assemelhou à Radar: R$ 154,30 e R$ 156,70, mantido os mesmos índices da terça.

A Scot Consultoria, também para São Paulo, foi outra que registrou estabilidade, R$ 155,50 e R$ 157,50.

Se não há pressa dos frigoríficos em comprarem – tem indústrias com operações fechadas para até 15/16 de julho -, também a oferta é menor e, quando há, está nas mãos dos confinadores e semiconfinadores, com margem de manobra maior para venderem pois conseguem manter os animais mais tempo.

É o exemplo de Francisco Brandão, vice-presidente do Sindicato Rural da Alta Noroeste (Siran). Ele embarca lote dia 9, em Araçatuba, a R$ 157 peso vivo, à vista.

Bom negócio o produtor também fez hoje no Mato Grosso do Sul. Enquanto a média das análises vai de R$ 140,00 em Três Lagoas a R$ 142 em Dourados, dando uma média mais geral para o estado, contando ainda com outras regiões, de R$ 142,80 (Agrifatto), Brandão embarca amanhã a R$ 145,00.

Coxim/MS

Mais para o Noroeste do MS, nas portas do Pantanal, a situação fica mais complicada. Jr. Sidoni, de Coxim, diz que “só agüenta mais 30 dias antes de bambear” (vender pela oferta de balcão), pois os pastos estão ficando piores e a desmana está entrando.

E bezerros chegando significa que pastos vão ter que ser liberados, isto é, tem que tirar os animais mais pesados.

Hoje ele viu preços a R$ 142,00, R$ 130,00 vaca e R$ 133,00 novilha.

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Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
giovanni.lorenzon@moneytimes.com.br
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