Mercados

‘Termômetro do medo’ de Wall Street dispara mais de 20% e renova maior nível desde maio

16 out 2025, 15:53 - atualizado em 16 out 2025, 17:41
Fundo de crédito, Lótus, Empírica, Wall Street
O VIX, considerado termômetro do medo, superou os 60 pontos, no maior nível desde agosto, depois de fechar no maior patamar desde 2020 (Imagem: REUTERS/Brendan McDermid)

O VIX (CBOE Volatility Index), indicador que mede a aversão ao risco em Wall Street, também conhecido como o “termômetro do medo”, disparou nesta quinta-feira (16) e alcançou o maior nível em cinco meses.

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Durante a sessão, o VIX alcançou 25,12 pontos, com alta de 20,83%, no maior patamar desde maio deste ano. O índice seguiu em ritmo de alta e encerrou a sessão com avanço de 22,63%, aos 25,31 pontos. 

O índice, que mede as expectativas futuras de volatilidade por meio de opções de ações do S&P 500, opera nas máximas com a crescente aversão a risco dos investidores em relação ao setor bancário norte-americano.

O banco regional Zions Bancorp registrou uma baixa contábil de US$ 50 milhões para cobrir dois empréstimos concedidos a mutuários que enfrentam ações judiciais. O anúncio foi feito na noite de ontem pelo banco.

Além disso, o Western Alliance — que também é um banco regional — informou que apresentou uma ação judicial contra um de seus tomadores de crédito, o Cantor Group V, alegando que a empresa cometeu fraude.

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“O mercado está realmente apreensivo com as perdas relacionadas ao crédito”, disse Jed Ellerbroek, gestor de portfólio da Argent Capital Management, à rede norte-americana CNBC. “O mercado não está muito satisfeito  [com os relatórios dos bancos regionais], então a maioria das instituições financeiras de pequena capitalização e bancos estão em baixa hoje.”

As preocupações com o setor bancário têm origem nas falências de empresas relacionadas ao setor automobilístico: First Brands e Tricolor Holdings. As duas companhias entraram com pedidos de recuperação judicial, Chapter 11, no final de setembro.

No caso da First Brands, a empresa estimou, em seu plano de reestruturação, uma dívida entre US$ 10 bilhões e US$ 50 bilhões e ativos entre US$ 1 bilhão e US$ 10 bilhões, acendendo uma luz vermelha no mercado de crédito e tornando a empresa objeto de investigação do Departamento de Justiça (DoJ) dos Estados Unidos.

Segundo o jornal Financial Times, o valor real da dívida da empresa é de aproximadamente US$ 12 bilhões.

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Wall Street em queda

As bolsas de Wall Street operam em queda nesta quinta-feira (16), acompanhando o temor do mercado em relação ao mercado de crédito norte-americano. O índice Dow Jones já perdeu mais de 400 pontos, enquanto o S&P 500 e a Nasdaq rondam recuo de cerca de 1%.

As perdas, porém, são limitadas pelo setor de tecnologia. Em destaque, as ações da TSMC, maior produtora mundial de chips avançados, operam em alta de mais de 1%, após a companhia elevar a previsão de receita para o ano inteiro com base em uma perspectiva positiva de gastos com inteligência artificial.

O mercado também segue precificando novos cortes nas taxas de juros norte-americanas. De acordo com a ferramenta FedWatch, do CME Group, os agentes financeiros veem 96,8% de chance de o Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos EUA) reduzir as taxas em 0,25 ponto percentual, para a faixa de 3,75% a 4,00%, na próxima decisão do Comitê Federal do Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês).

As tensões comerciais entre os EUA e a China e o ‘shutdown’, que entrou em seu 16º dia, também seguem no radar dos investidores.

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
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