The Money Office: Quem investe em cripto não confia no dinheiro e bancos? Isso é balela

Você já deve ter escutado que uma das motivações para que as pessoas invistam nas criptomoedas está na desconfiança sobre as moedas tradicionais lastreadas em bancos centrais por aí.

Um estudo publicado recentemente por uma dupla de economistas, Raphael Bauer, do Banco Mundial, e David Tercero-Lucas, da Universidade de Barcelona, indica que esta é uma afirmação verdadeira. Contudo, a desconfiança deles não é maior do que a de uma pessoa comum, que aplica no mercado de ações, ao menos nos EUA.

“Os investidores em criptomoedas tendem a ser educados, jovens e nativos digitais”, apontam Bauer e Tercero-Lucas.

Quão diferentes são os investidores em criptomoedas?

“As criptomoedas continuam sendo nichos de mercado dominados por jovens investidores do sexo masculino, enquanto outras partes da população obtêm informações sobre essa classe de ativos, mas não investem nela. Na verdade, ser homem está associado a uma maior probabilidade de possuir pelo menos uma criptomoeda. Além disso, ser jovem aumenta a chance de ter criptomoedas”, escrevem.

Conhecimento e propriedade de criptomoeda por gênero (2014–2019)

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“A confiança está no cerne do sistema monetário e financeiro, e a falta de dela tem sido associada à participação limitada no mercado de ações. Portanto, é crucial entender se o aumento contínuo das criptomoedas pode indicar uma crescente desconfiança nos mercados financeiros regulamentados e arranjos monetários de hoje. Argumentamos que os investidores em criptomoedas não mostram mais preocupação com a segurança do dinheiro ou banco comercial do que o resto da população”, pontuam.

Para os pesquisadores, se os investidores em cripto têm os mesmos objetivos que os investidores em outras classes de ativos, as criptomoedas devem estar sujeitas aos mesmos tipos de regulamentação que outras classes de ativos. Além disso, estruturas regulatórias e de supervisão claras para os mercados de criptomoedas podem ser úteis para a indústria.

Ou seja, a regulamentação maior pode ser mesmo a solução para uma popularização ainda maior do mercado cripto.