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TIM no gol, Petrobras na zaga: ações viram jogadores na seleção do BTG Pactual. Veja

09 dez 2020, 17:58 - atualizado em 09 dez 2020, 18:15
TIM
Elástica: ação da TIM pode saltar alto, como todo bom goleiro (Imagem: Divulgação/TIM)

O BTG Pactual (BPAC11) levou tão a sério o desafio de escalar uma seleção com as melhores ações da América Latina, que, literalmente, montou um time com 11 papéis, devidamente distribuídos em campo.

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A “comissão técnica”, composta pelos analistas Carlos Sequeira, Gordon Lee, Alonso Aramburu, Cesar Perez-Novoa e Daniel Guardiola (um sobrenome respeitável nesta fusão de futebol com mercado de ações), aposta em peso nos “jogadores” brasileiros. As seis ações relacionadas respondem por 65% da alocação da carteira.

O time escalado para dezembro é um 4-4-2 que conta com:

Goleiro: TIM (TIMS3);

Defesa: Cencosud, IFS, Banorte e Petrobras (PETR4);

Meio-campo: B3 (B3SA3); Gerdau (GGBR4), Vesta e Vale (VALE3);

Ataque: Cemex e Magazine Luiza (MGLU3).

Em relação a novembro, a CCR (CCRO3) cedeu seu lugar na equipe para a Petrobras. O Banorte ganhou a vaga da Bimbo, e o IFS substitui Buenaventura.

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No bate-bola com os clientes, registrado no relatório desta quarta-feira (9), a comissão técnica justificou suas escolhas, lembrando que diversos fatores de incerteza foram superados, como as eleições nos EUA e no Brasil, e as turbulências políticas no Peru.

Além disso, uma importante torcida organizada voltou a prestigiar o time: os investidores internacionais. O BTG Pactual lembra que o fluxo global de capitais direcionado ao mercado acionário cresceu 2,5 vezes em novembro, na comparação com outubro.

seleçao btg
Esquema tático: 4-4-2 do BTG entra em campo (Imagem: Divulgação/ BTG Pactual)

Veja, a seguir, as razões para o domínio do Brasil na seleção latino-americana do BTG.

TIM (TIMS3): o goleiro do escrete ganhou a posição por seu modelo de negócios resiliente, balanço sólido e geração de caixa. Além disso, o papel é negociado a múltiplos atraentes. Como todo bom guarda-metas, a TIM também sabe iniciar jogadas estratégicas, como a participação no consórcio que deve comprar as operações de telefonia móvel da Oi (OIBR3). Para completar, goleiro que se preza pula alto. No caso da TIM, o preço-alvo de R$ 20 embute um upside potencial de 41% – o maior da carteira.

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Petrobras (PETR4): conquistou a posição na defesa com seu portfólio enxuto de bons campos de exploração, de nível internacional, e seu baixo custo de extração e processamento por barril. Como é de se esperar de um zagueiro de seleção, a Petrobras vai na bola e não perde tempo com lances desnecessários. Por isso, a comissão técnica do BTG elogia seu programa de desinvestimentos. O preço-alvo do papel é R$ 34.

Gerdau (GGBR4): jogador de meio de campo tem de ser versátil, e o BTG enxerga essa qualidade na ação. Forte crescimento de receitas, baixo endividamento, boa geração de caixa livre e sem exposição ao risco cambial são algumas de suas virtudes. E, se um dos fundamentos sagrados dos meio-campistas é ser bom de passe, a empresa tem tudo para bater um bolão. Com a retomada da construção civil, o BTG acredita que a Gerdau terá condições de passar aos clientes um belo reajuste de preços. Seu preço-alvo é de R$ 25 por ação.

B3 (B3SA3): aberto na esquerda, este é um atleta que não se apresentou bem nos últimos jogos, mas a comissão técnica acredita que sua sorte está virando. Nos três últimos meses, as ações da B3 desapontaram o BTG, devido à redução do volume de negociações de ativos na Bolsa e à desaceleração do apetite das pessoas físicas por ativos de risco. Mas, ainda que devagar, a renda variável volta a atrair interesse, e a Selic no chão empurra investidores para ela. O preço-alvo do papel é R$ 70.

Vale (VALE3): aberto na ponta direita, a mineradora faz uma temporada de redenção, após os desastres de Mariana e Brumadinho. Ainda monitorado de perto pela equipe médica, que ministra grandes doses de ESG, a condição física do atleta tem melhorado. Como todo jogador em recuperação, o estado do campo conta bastante. Seu desempenho será melhor, se a demanda da China por minério de ferro continuar crescendo. Dentro das quatro linhas, ganhará pontos se jogar para a galera. Neste caso, a torcida é para a retomada a distribuição de dividendos. O “professor” BTG não espera menos que 10% de dividend yield em 2021.

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Magazine Luiza (MGLU3): atacante que se preze chuta com as duas e é criativo em encontrar espaços e criar jogadas. E é justamente isso que impressionou a comissão técnica nesta temporada. O atleta provou que não ataca apenas com as lojas físicas. Quando a Covid-19 entrou de sola, soube inverter a jogada e avançar com o e-commerce. É verdade que, à medida que a pandemia regredir, as vendas online deixarão de ser tão comemoradas, mas continuarão sendo uma jogada poderosa. E a varejista já provou que sabe por a concorrência na roda nessa área.

 

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Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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