IBGE chega a conclusão incômoda sobre trabalho em ‘home office’

Dados preliminares do Censo Demográfico 2022 revelam uma desigualdade na distribuição do home office.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), um em cada cinco brasileiros com renda per capita acima de cinco salários mínimos — cerca de R$ 7,5 mil por mês — exerce sua profissão sem sair de casa.
A análise mostra que o trabalho remoto é realidade principalmente entre os trabalhadores de faixas mais altas de renda no país.
Trata-se da maior concentração de home office entre quem ganha mais de um salário mínimo, especialmente em ocupações que possibilitam atuar remotamente de forma híbrida ou integral.

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Qual é a cara do home office no Brasil?
A publicação do IBGE ressalta que o dado “sugere se tratar dos trabalhadores mais qualificados que podem exercer o trabalho em casa, especialmente em função do teletrabalho integral”.
Áreas como finanças, tecnologia e educação concentram grande parte dos profissionais que atuam remotamente, enquanto quem menos recebe continua em ocupações presenciais, como comércio e transporte.
O dado expõe uma nova forma de desigualdade econômica — o home office traz vantagens como economia com transporte e alimentação e maior equilíbrio entre vida pessoal e trabalho.
É importante ressaltar que, na tabela, o grupo com maior número de pessoas que trabalham em casa é o dos sem rendimento fixo, composto principalmente por autônomos e informais.
Nesta faixa, posições especializadas que permitam a escolha entre trabalho presencial ou remoto são mais difíceis de existir, o que justifica a diferença.
O Censo 2022 do IBGE coleta dados essenciais sobre população, trabalho, renda e condições de vida.