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Track&Field (TFCO4): O negócio além da rua, expansão para Europa e a parceria com a ‘On de João Fonseca’

07 ago 2025, 19:00 - atualizado em 29 jul 2025, 15:22
Track & Field TFCO4
(Foto: Money Times)

Nascida em 1988 e idealizada por três amigos esportistas ligados ao triatlo, a Track&Field (TFCO4) surgiu para suprir a ausência de uma empresa voltada a esse nicho. Com o passar dos anos, a companhia expandiu sua atuação para o mercado fitness e de corrida (running).

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“Tínhamos lojas próprias até 2011. A partir daquele ano, passamos a apostar no nosso canal de franquias, o que nos deu bastante capilaridade e acelerou a nossa expansão. Nossa estratégia passou a ser crescer por meio de franquias. Somos uma empresa que pensa no longo prazo e que atravessa um ótimo momento. Crescemos 34% em vendas e somos uma empresa sem dívida, uma raridade dentro do varejo”, disse o CEO Fernando Tracanella, ao Money Times.

Atualmente, das mais de 400 lojas da Track&Field, apenas 50 são próprias, o que reforça a estratégia da empresa com franqueados engajados. No acumulado do ano (até 28 de julho), a ação já acumulou uma alta acima de 60%.

“O nosso objetivo sempre for ir além da moda esportiva. As corridas de rua começaram lá na década de 90, com início do circuito de corridas em 1994 e a Run Series oficialmente em 2004, tendo completado 20 anos no segmento no ano passado. Hoje já são mais de 300 mil eventos organizados pelo nosso braço TF Sports, com mais de 40 modalidades e foco em experiências esportivas e bem-estar —  um pilar que empresa acredita ser fundamental para gerar cada vez mais valor. A nossa missão é conectar pessoas a um estilo de vida saudável”.

TFCO4: A receita através das corridas e as fortalezas do negócio

Entre as fortalezas do negócio, Tracanella destaca a qualidade e durabilidade dos produtos, além do fato da Track&Field ser uma marca bastante feminina, com 65% dos negócios concentrados nessa secção.

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“Essas outras marcas (Nike e Adidas) são mais masculinas e muitas ligadas ao futebol, que é bastante grande no Brasil, além de estarem focadas em performance. Nosso produto não tem necessariamente esse viés. Atendemos o atleta do dia-a-dia, que busca conforto. Somos muito democráticos nesse sentido. Outro diferencial  é nossa amplitude de faixa etária — atendemos desde crianças até idosos. E também nos tornamos um destino para presentes. Costumamos dizer que somos um luxo acessível, com um lado aspiracional, mas a um preço justo e acessível”.

Em 2025, a expectativa da companhia é realizar 4 mil eventos, com 300 desses sendo corridas de rua. “Temos diversas modalidade de corrida, como as Experience Run, que são corridas menores, além dos circuitos Santander Run e Track&Field Run Series, que são maiores e que acontecem nas capitais. Fora isso, temos outros eventos como torneio de beach tennis e aulas de modalidades. Um outro diferencial é realizar esses eventos através dos franqueados, de uma forma mais escalável e  com capilaridade”.

A TFSports responde por volta de 7% da receita total do grupo, muito concentrada em inscrições para eventos e patrocínios. “Isso não está no resultado da TFSports, mas acaba impactando muito o core business da Track&Field. Imagine uma corrida de 6 mil participantes, com uma retirada de kit em uma loja. Isso ganhou um tamanho relevante, gerando muitas vendas na hora da retirada do kit, sendo quase um “segundo Natal”. Esse tipo de interação com o consumidor fortalece muito a marca no varejo”.

Os motores de crescimento e os planos de expansão

Desde 2019, o CAGR (taxa de crescimento anual composta) da Track&Field cresce 25% ao ano, uma expansão, que segundo Tracanella, surge por diferentes fatores.

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“Há muitos ventos favoráveis, como é o caso do athleisure, tendência que combina roupas casuais e esportivas. Nossa estratégia digital também foi muito importante para esse crescimento. Desde a pandemia, transformamos a omnicanalidade da empresa. Hoje, 70% do que é comprado no site é faturado por lojas físicas. Isso faz com que a entrega chegue mais rápido, com o produto saindo da loja mais próxima ao cliente. Ou seja, passamos a inserir o franqueado dentro da nossa estratégia digital, com ele se beneficiando disso”.

A companhia também lançou em 2021 um programa de remodelagem das lojas, e a expectativa é encerrar 2025 com metade da rede lojas neste novo formato. “”As lojas reformadas crescem o dobro da velocidade do restante da rede, o que contribui significativamente para o nosso crescimento. Abrimos cerca de 40 lojas por ano, um aumento de 10%”, afirma.

Tracanella reforça que a empresa nunca fez aquisições e que essa via de crescimento não está nos planos. “Há muito espaço para crescer com novas lojas e em novos mercados. Acabamos de abrir uma loja em Portugal e vamos abrir outras duas, todas no modelo de franquia e com eventos. Esse crescimento fora do Brasil é uma avenida gigantesca para explorarmos”, projeta.

A parceria com a On Running

No ano passado, a Track&Field passou a comercializar com exclusividade no Brasil os tênis de corrida da empresa suíça On Running, que conta com o lendário tenista Roger Federer como sócio, além do tenista brasileiro João Fonseca, atual 49º colocado no ranking da ATP (Associação de Tenistas Profissionais), como garoto propaganda. Apaixonado pelo “esporte da bolinha verde”, Tracanella diz torcer muito para o sucesso de Fonseca, tido como o futuro do Brasil na modalidade masculina.

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“Historicamente, sempre abrimos uma licença poética para ter uma marca que não fosse a Track&Field no portfólio, especificamente no segmento de calçados, pois entendemos que precisávamos oferecer um tênis mais técnico. Não temos a intenção de entrar no mercado de tênis de alta performance — não queremos competir com Nike, Adidas, New Balance, Hoka ou On. Mas, ao mesmo tempo, julgamos necessário oferecer ao nosso público um calçado técnico para corridas mais longas. A parceria surgiu com esse objetivo”.

No dia 18 de agosto, a Track&Field divulga seus resultados referentes ao segundo trimestre de 2025 (2T25).

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Repórter
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, também participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil e do Agro em Campo. Em 2024 e 2025, ficou entre os 100 jornalistas + Admirados da Imprensa do Agronegócio.
pasquale.salvo@moneytimes.com.br
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Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, também participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil e do Agro em Campo. Em 2024 e 2025, ficou entre os 100 jornalistas + Admirados da Imprensa do Agronegócio.
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