Ibovespa Trading de metais vê cobre em US$ 12.000 a tonelada em 18 meses
O cobre poderia superar um recorde e atingir US$ 12.000 a tonelada em 18 meses com a nova demanda de iniciativas verdes, segundo uma trading de metais com uma das previsões mais otimistas para a commodity.
Considerado um termômetro da economia, o cobre já dobrou de preço desde uma mínima em março e alcançou o maior nível em nove anos. O metal está cerca de 7% abaixo do recorde de US$ 10.190 de 2011, impulsionado por apostas de recuperação econômica e oferta mais restrita. Mas os preços atuais podem parecer “muito baixos” se os governos cumprirem as promessas de infraestrutura verde e incentivos para veículos elétricos, segundo a Concord Resources.
“As pessoas precisam estar cientes do potencial para uma mudança de paradigma em termos de preço”, disse Mark Hansen, CEO da trading. “No cobre, o mercado ainda não está precificando a adição de potencialmente milhões de novas toneladas de demanda de cobre na próxima década.”
Se os governos seguirem com os planos de maior eletrificação das economias, os preços do cobre precisarão subir a um nível que resulte na substituição da demanda e que leve mineradoras a investirem em nova produção, de acordo com Hansen.
“Simplesmente não acontece em US$ 10.000”, disse. “Eu diria que, se todas essas circunstâncias se concretizarem, realmente precisamos ver o cobre em US$ 12.000 para equilibrar o mercado e incentivar adequadamente a nova produção.”
O alumínio pode ser um dos outros metais a se beneficiar, já que fabricantes podem buscar matérias-primas mais baratas em meio ao rali do cobre, disse Hansen. Além disso, a pressão para reduzir as emissões de setores intensivos em carbono poderia limitar a produção chinesa de alumínio, impulsionando os preços em relação aos cerca de US$ 2.200 a tonelada agora, disse.
A Concord é uma das várias tradings de metais de médio porte que competem com gigantes como Glencore e Trafigura. A empresa de Londres registrou lucro no ano passado e entregou 3,9 milhões de toneladas de matéria-prima aos clientes, disse Hansen. Glencore e Trafigura forneceram previsões otimistas sobre o mercado de cobre, mas nenhuma divulgou uma projeção tão alta quanto a da Concord.
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