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Tramontina avalia abrir fábrica no México de olho em mercado dos EUA

24 maio 2023, 18:29 - atualizado em 24 maio 2023, 18:29
Tramontina
A Tramontina tinha uma fábrica arrendada em Wisconsin, mas a fechou em 2019 por questões competitivas (Imagem: Facebook/Tramontina)

A Tramontina está avaliando a construção de uma fábrica no México, disse seu presidente-executivo nos Estados Unidos, Marcelo Borges, com o grupo buscando expandir suas operações e melhorar sua capacidade de atender ao mercado norte-americano.

A empresa familiar com mais de 100 anos de experiência na fabricação de utilidades domésticas de alto padrão exporta para mais de 120 países e afirma que aumentar as vendas internacionais é fundamental para o grupo continuar crescendo.

Em 2022, as vendas ao exterior da empresa totalizaram 2,2 bilhões de reais, em linha com o desempenho de 2021. O seu portfólio inclui desde talheres e panelas a eletrodomésticos, ferramentas, produtos de iluminação e até veículos utilitários.

“É a tendência para nós: crescimento através do exterior”, disse Borges à Reuters em entrevista por telefone.

A empresa tem um centro de distribuição no México e agora detém um terreno que pode se tornar a primeira fábrica da empresa fora do Brasil.

A decisão segue a necessidade de melhorar seu acesso ao mercado norte-americano, demanda também observada por outras empresas internacionais que impulsionam o fenômeno do “nearshoring” no México.

A Tramontina tinha uma fábrica arrendada em Wisconsin, mas a fechou em 2019 por questões competitivas. Agora, a empresa estuda a abertura de uma fábrica totalmente controlada por ela em Toluca, capital do Estado do México.

“Não tem o calendário de quando poderia começar, mas a ideia da operação no México é para atender ao mercado americano”, disse Borges, acrescentando que a fábrica pode gerar uma produção mais barata e um melhor acesso às rotas marítimas.

A empresa, que no ano passado registrou vendas totais de 10,6 bilhões de reais, não pretende ir para o mercado de ações e não tem interesse em uma oferta pública inicial (IPO), por estar “capitalizada o suficiente” para continuar com seus planos de expansão, disse Borges.

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