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Três fatores que devem influenciar o Ibovespa hoje; confira

12 jan 2023, 7:51 - atualizado em 12 jan 2023, 7:57
Ibovespa hoje deve ter pregão agitado por três fatores, sendo um externo e dois locais; entre eles, um macro e um micro. Confira (Imagem: Divulgação MT)

O Ibovespa será guiado por três fatores distintos nesta quinta-feira (12). Um vem do exterior. Afinal, hoje é dia de divulgação da inflação ao consumidor nos Estados Unidos (CPI) em dezembro. O dado sai às 10h30 e pode ser uma boa notícia para os mercados globais

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A previsão é de que o CPI siga em desaceleração, o que tende a manter uma dinâmica mais positiva dos ativos de risco. Porém, uma surpresa com um número mais salgado – acima de 7% na taxa anual – tende a azedar o humor dos investidores.

À espera do resultado efetivo, os índices futuros das bolsas de Nova York estão na linha d’água. Com isso, a direção para o dia tende a ser definida no meio da manhã. Isso porque o CPI deve consolidar as apostas para a reunião do Federal Reserve em fevereiro.  

Dois fatores locais movem o Ibovespa

Já os outros dois fatores são internos. A começar, então, pelo nível macro. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, deve anunciar hoje medidas de ajuste fiscal. Porém, essa expectativa talvez não se confirme. Afinal, o anúncio estava agendado para a semana, depois foi cancelado e, agora, voltou a estar na agenda do dia.

Seja como for, os “balões de ensaio” que têm circulado nos bastidores parecem pouco críveis, aos olhos dos mercados. Haddad já prometeu reduzir o déficit fiscal de R$ 220 bilhões que consta no Orçamento deste ano através, principalmente, da recuperação das receitas. 

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Ou seja, deve haver uma revogação de isenções de impostos, tanto sobre os combustíveis – a partir de março – quanto sobre as grandes empresas. Aliás, o último grande fator capaz de agitar o Ibovespa hoje vem do cenário micro. 

A descoberta de um rombo de R$ 20 bilhões nas Americanas deve movimentar o pregão. A notícia resultou na saída do recém-chegado Sérgio Rial como CEO da empresa. A cifra é maior do que o próprio valor de mercado da Americanas, de cerca de R$ 10 bilhões.  

Ou seja, não é só nas contas públicas que há problemas. Vale lembrar que no fim do ano passado a AMER3 disparou com o anúncio da chegada do então presidente do Santander. Agora, quem comprou Americanas por causa do Rial, hoje vai cair na real. 

A principal incerteza é em relação ao risco de contágio nas empresas do setor de varejo e e-commerce, respingado em toda a bolsa brasileira. Há risco de contaminação também no mercado de crédito. 

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Mais que isso, os investidores podem passar a questionar as empresas de auditoria. Afinal, será que outras varejistas podem ter o mesmo problema? A conferir.

Confira o desempenho dos mercados globais por volta das 7h45:

EUA: o futuro do Dow Jones tinha leve baixa de 0,07%; o do S&P 500 oscilava com -0,09%; enquanto o Nasdaq cedia 0,13%;

NY: o Ibovespa em dólar (EWZ) oscilava em baixa de 0,10% no pré-mercado; nos ADRs, o da Vale saltava 3,02% e o da Petrobras tinha queda de 1,41%;

Europa: o índice pan-europeu Stoxx 600 avançava 0,45%; a bolsa de Frankfurt tinha alta de 0,58%; a de Paris subia 0,65% e a de Londres ganhava 0,59%;

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Câmbio: o índice DXY oscilava com -0,08%, a 103.11 pontos; o euro tinha +0,04%, a US$ 1,0761; a libra subia 0,16%, a US$ 1,2169; o dólar tinha queda de 1,08% ante o iene, a 131,05 ienes;

Treasuries: o rendimento da T-note de dez anos estava em 3,545%, de 3,541% na sessão anterior; o rendimento da T-bill de 2 anos estava em 4,245%, de 4,216%, na mesma comparação;

Commodities: o futuro do ouro tinha alta de 0,41%, a US$ 1.886,70 a onça na Comex; o futuro do petróleo WTI subia 1,12%, a US$ 78,26 o barril; o do petróleo Brent ganhava 1,12%, a US$ 83,60 o barril; o contrato futuro mais líquido do minério de ferro (maio/23) negociado em Dalian (China) fechou em alta de 0,95%, a 852 yuans a tonelada métrica, após ajustes.

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Editora-chefe
Olívia Bulla é editora-chefe do Money Times, jornalista especializada em Economia e Mercado Financeiro, com mais de 15 anos de experiência. Tem passagem pelos principais veículos nacionais de cobertura de notícias em tempo real, como Agência Estado e Valor Econômico. Mestre em Comunicação e doutoranda em Economia Política Mundial, com fluência em inglês, espanhol e conhecimento avançado em mandarim.
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Olívia Bulla é editora-chefe do Money Times, jornalista especializada em Economia e Mercado Financeiro, com mais de 15 anos de experiência. Tem passagem pelos principais veículos nacionais de cobertura de notícias em tempo real, como Agência Estado e Valor Econômico. Mestre em Comunicação e doutoranda em Economia Política Mundial, com fluência em inglês, espanhol e conhecimento avançado em mandarim.
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