Internacional

Trump anuncia novas tarifas de reciprocidade a países que fazem negócios com os EUA

13 fev 2025, 16:21 - atualizado em 13 fev 2025, 16:31
Trump tarifas
Desde que assumiu o poder, Trump já anunciou outras mudanças de tarifas sobre produtos importados pelos EUA. (REUTERS/Carlos Barria)

O presidente Donald Trump anunciou, nesta quinta-feira (13), novas tarifas recíprocas para países que fazem negócios com os Estados Unidos. É esperado que as taxas variem de acordo com cada país.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O republicano afirmou que outros países poderiam reduzir tarifas ou eliminá-las. Países que usam um sistema de imposto sobre valor agregado terão isso considerado como uma tarifa, e enviar mercadorias por outro país para evitar tarifas não será aceito.

Trump disse aos repórteres que também cobraria tarifas sobre carros estrangeiros, semicondutores e produtos farmacêuticos.

No final de semana, o presidente americano já tinha adiantado que preparava o anúncio de reciprocidade tarifária aos países que “tiram vantagem dos EUA”. Trump está usando como justificativa uma lei comercial de 1930 que permite que o presidente imponha taxas de até 50% contra importações de países que discriminam o comércio dos EUA.

Com isso, o Brasil entra na mira de Trump. O país impõe uma tarifa média de 11% sobre produtos americanos, enquanto a tarifa média americana é de 2%.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Entenda a relação comercial entre Brasil e EUA

Os EUA são o segundo maior parceiro comercial do Brasil. Em 2024, as exportações brasileiras para os Estados Unidos totalizaram US$ 40,3 bilhões, correspondendo a 12% do total das vendas externas do país. Já as importações de produtos americanos pelo Brasil atingiram US$ 40,6 bilhões, representando 15,5% do total importado.

As exportações brasileiras se concentram em produtos relacionados a commodities, sendo os principais óleos de petróleo bruto e refinado, no valor de US$ 7,6 bilhões; e produtos de ferro e aço, incluindo ferroligas, ferro-gusa, lingotes e outras formas primárias, somando US$ 5,9 bilhões. Juntos, eles representam 34% do total exportado para os EUA.

Já do lado das importações, os equipamentos de geração de energia (principalmente motores e máquinas não elétricos) são a principal categoria, totalizando US$ 7,1 bilhões e representando 18% do total importado.

Além disso, os Estados Unidos continuam sendo uma das principais fontes de Investimento Direto no País (IDP), com um fluxo líquido estimado de US$ 7,1 bilhões em 2024, o que corresponde a 26% do total líquido recebido nessa categoria.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Atualmente, o Brasil já enfrenta tarifas impostas pelos EUA desde 2022. O governo americano aplica uma alíquota média de 8,6% sobre produtos agrícolas brasileiros e uma tarifa reduzida de 1,1% sobre bens não agrícolas. No entanto, cerca de 66% dos bens e 62% do valor total das exportações brasileiras para os Estados Unidos entram no mercado americano sem a incidência de tarifas.

Veja os últimos anúncios de tarifas de Donald Trump

Desde que assumiu o poder, no dia 20 de janeiro, Trump já anunciou outras mudanças de tarifas sobre produtos importados pelos EUA.

No início do mês, o presidente americano anunciou uma tarifa de 25% sobre os produtos do Canadá México. No entanto, os dois países ameaçaram uma taxação contrária e conseguiram um acordo que suspende as tarifas por 30 dias.

Já a China foi taxada em 10% e não conseguiu uma negociação. Com isso, já passaram a valer medidas retaliatórias do país asiático contra os EUA.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

No início da semana, ele assinou uma série de decretos que impõem tarifas de 25% sobre as importações de aço e alumínio, cancelando as isenções e cotas isentas de impostos para os principais fornecedores, Canadá, México, Brasil e outros países.

Além disso, o governo americano ameaçou taxar a Colômbia caso o país não recebesse os imigrantes ilegais deportados de volta para o país latino.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Compartilhar

WhatsAppTwitterLinkedinFacebookTelegram
Coordenadora de redação
Formada em Jornalismo pela PUC-SP, tem especialização em Jornalismo Internacional. Atua como coordenadora de redação no Money Times e já trabalhou nas redações do InfoMoney, Você S/A, Você RH, Olhar Digital e Editora Trip.
juliana.americo@moneytimes.com.br
Linkedin
Formada em Jornalismo pela PUC-SP, tem especialização em Jornalismo Internacional. Atua como coordenadora de redação no Money Times e já trabalhou nas redações do InfoMoney, Você S/A, Você RH, Olhar Digital e Editora Trip.
Linkedin
As melhores ideias de investimento

Receba gratuitamente as recomendações da equipe de análise do BTG Pactual – toda semana, com curadoria do Money Picks

OBS: Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies.

Fechar