Internacional

Trump diz que China violou “totalmente” acordo com os EUA sobre tarifas

30 maio 2025, 12:33 - atualizado em 30 maio 2025, 12:33
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(Imagem: Reuters/Kevin Lamarque)

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta sexta-feira que a China violou um acordo entre os dois países para reduzir mutuamente as tarifas e as restrições comerciais sobre minerais essenciais e emitiu uma nova ameaça velada de que pode ser mais agressivo com Pequim.

“A China, talvez não de forma surpreendente para alguns, TEM VIOLADO TOTALMENTE SEU ACORDO COM OS EUA”, disse Trump em publicação no Truth Social.

Trump disse que buscou um “acordo rápido” em meados de maio com as autoridades chinesas para que ambos os países recuassem das tarifas de três dígitos por 90 dias.

Ele disse que fez isso para salvar a China de uma situação “devastadora”, de fechamento de fábricas e de distúrbios civis causados por suas tarifas de até 145% sobre as importações chinesas.

A mensagem de Trump não especificou como a China havia violado o acordo feito em Genebra, na Suíça, e quais medidas ele tomaria contra Pequim.

No entanto, uma autoridade dos EUA disse à Reuters que parece que a China está se movendo lentamente em relação às promessas de emitir licenças de exportação para minerais de terras raras.

O representante comercial dos EUA, Jamieson Greer, também disse à CNBC que a China não está cumprindo o acordo, acrescentando: “Os chineses estão atrasando sua conformidade, o que é completamente inaceitável e precisa ser resolvido”.

Greer disse que o fluxo de minerais essenciais da China, que havia sido interrompido pelas contramedidas comerciais chinesas, não foi retomado conforme exigido pelo acordo de Genebra.

Um porta-voz da embaixada da China em Washington não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.

Os porta-vozes da Casa Branca, do Departamento do Tesouro e do Escritório do representante comercial dos EUA também não responderam aos pedidos de comentários.

As negociações comerciais entre EUA e China estão “um pouco paradas” e a conclusão de um novo acordo provavelmente precisará do envolvimento direto de Trump e do presidente chinês, Xi Jinping, disse o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, à Fox News na quinta-feira.

Duas semanas após as discussões que resultaram em uma trégua temporária na guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo, Bessent afirmou que o progresso desde então tem sido lento, mas disse esperar mais negociações nas próximas semanas.

O acordo entre EUA e China para reduzir as tarifas por 90 dias provocou grandes ganhos nas ações globais.

No entanto, o acordo não abordou os motivos subjacentes às tarifas de Trump sobre os produtos chineses, principalmente as reclamações de longa data dos EUA sobre o modelo econômico da China, dominado pelo Estado e voltado para a exportação, deixando essas questões para futuras negociações.

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A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.
reuters@moneytimes.com.br
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