Eleições 2022

TSE manda documento da campanha de Bolsonaro sobre urnas para MP Eleitoral e inquérito das fake news

30 set 2022, 19:16 - atualizado em 30 set 2022, 19:16
TSE
TSE divulgou nota em que afirmava que as alegações eram falsas, antidemocráticas e com o intuito de atrapalhar as eleições no próximo domingo (Imagem: Shutterstock/Diego Grandi)

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu enviar nesta sexta-feira uma cópia do documento divulgado pela campanha do presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), para análise de providências pelo Ministério Público Eleitoral e também para o inquérito das fake news, esse último em curso no Supremo Tribunal Federal (STF).

Na quarta, a campanha de Bolsonaro divulgou um documento em que afirmava haver “riscos elevados” de quebra de segurança do sistema eleitoral.

No mesmo dia, o TSE divulgou nota em que afirmava que as alegações eram falsas, antidemocráticas e com o intuito de atrapalhar as eleições no próximo domingo.

A divulgação do documento pelo partido de Bolsonaro ocorreu em meio a temores de que ele não aceite o resultado das eleições em caso de derrota, e levanta a suspeita de ter como intenção a pavimentação de uma eventual tentativa de ruptura democrática.

O candidato à reeleição está atrás do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas pesquisas, que apontam chance de vitória do petista já no primeiro turno.

Contratação

O corregedor-geral da Justiça Eleitoral, Benedito Gonçalves, tinha pedido informações sobre o uso de recursos públicos que levaram à contratação dos serviços que resultaram no documento do partido, produzido pelo engenheiro Carlos Rocha, do Instituto Voto Legal.

Em resposta nesta sexta, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, disse em ofício ao corregedor-geral que os recursos para custeio do instituto responsável pelo documento foram do próprio partido, sem uso do fundo partidário ou de custeio das campanhas.

Valdemar acrescentou que o documento tem apenas recomendações para aperfeiçoar o sistema eleitoral, “nada além disso”. Destacou ainda que o documento é de responsabilidade da equipe técnica contratada.

Ao adotar providências de mandar o caso para análise do MP Eleitoral e do Supremo, o corregedor-geral disse que os pontos tratados no documento estão dentro de um “quadro especulativo de descrédito institucional da Justiça Eleitoral, às vésperas do pleito”.

Gonçalves destacou ainda que o relatório foi “produzido e divulgado por iniciativa do PL, contando com a participação dos seus dirigentes máximos, sendo lógico extrair do contexto a ciência e a anuência da agremiação com o conteúdo”.

MONEY TIMES NAS ELEIÇÕES 2022!

Assista à série especial com as propostas para a economia dos candidatos à Presidência da República! Siga o Money Times no Facebook!

Giro da Semana

Receba as principais notícias e recomendações de investimento diretamente no seu e-mail. Tudo 100% gratuito. Inscreva-se no botão abaixo:

*Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.