Petróleo

Turquia: maior terremoto em 80 anos pressiona mercados globais de petróleo

07 fev 2023, 17:04 - atualizado em 07 fev 2023, 17:07
terremoto
Terremoto de 7.8 que atingiu Síria e Turquia também causam transtornos para os mercados de petróleo (Imagem: Rosa Panggabean/REUTERS)

O violento terremoto que atingiu Turquia e Síria no início da segunda-feira (6) mexe com os ponteiros dos mercados globais de petróleo, à medida que incertezas sobre o fornecimento e transporte da commodity na região se disseminam pelo ambiente de negócios.

Por volta das 16h45, os contratos futuros de WTI (óleo cru americano) e Brent (referência internacional) avançavam, respectivamente, 3,95% e 3,27%. Com isso, o Brent volta a transitar acima dos US$ 83 por barril.

Uma dos locais afetados pelo terremoto é o importante porto de Ceyhan, que fica no sudeste da Turquia. As operações no local estão suspensas desde a manhã de ontem, para que as autoridades avaliem possíveis danos à infraestrutura portuária.

O porto de Ceyhan é ponto terminal dos oleodutos do consórcio Baku-Tbilisi-Ceyhan (BTC), responsáveis por bombear a produção de óleo cru do Mar Cáspio (produção offshore do Azerbaijão) para o Mar Mediterrâneo.

O local também recebe oleodutos que escoam a produção da Rússia e do Iraque em direção ao Atlântico.

Informações apontavam que o porto permaneceria fechado até esta quarta-feira (8), mas uma notícia mais recente da Bloomberg reportou a retomada, ao menos parcial, do oleoduto turco-iraquiano, permitindo a viagem de alguns cargueiros — enquanto isso, as linhas de distribuição sob supervisão do consórcio BTC continuam fechadas.

Ainda de acordo números analisados pela Bloomberg, o porto mediterrâneo responde por 1% da circulação e produção de petróleo no mundo.

Pior terremoto em um século já causou 7 mil mortes

Turquia e Síria já contabilizaram mais de 7 mil pessoas mortas, em razão de dois tremores na fronteira comum desses países. Os abalos sísmicos, de 7.8 e 7.6, respectivamente, na escala Richter, são os mais intensos a atingir a região no último século.

Em razão da calamidade, o governo de Ancara declarou um estado de emergência de três meses nas porções mais atingidas pelo tremor, onde acontece um trabalho incessante das equipes de socorro para o resgate de desaparecidos.

Além dos mortos, o terremoto deixa mais de 17 mil feridos, de acordo com informações dos governos dos países atingidos.

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Estagiário
Jorge Fofano é estudante de jornalismo pela Escola de Comunicações e Artes da USP. No Money Times, cobre os mercados acionários internacionais e de petróleo.
jorge.fofano@moneytimes.com.br
Jorge Fofano é estudante de jornalismo pela Escola de Comunicações e Artes da USP. No Money Times, cobre os mercados acionários internacionais e de petróleo.
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