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UE quer que Reino Unido se comprometa com pontos-chave de acordo

25 set 2020, 14:02 - atualizado em 25 set 2020, 14:02
A UE quer que o Reino Unido assuma compromissos em áreas-chave, como subsídios estatais, como condição para avançar rumo a uma fase mais intensa de negociações (Imagem: Reuters/Neil Hall)

A União Europeia disse a negociadores do Reino Unido que precisam aceitar algumas das principais demandas do bloco sobre sua futura relação em reuniões na próxima semana, se quiserem avançar antes do prazo final de outubro, segundo uma autoridade a par das discussões.

UE e Reino Unido se reúnem para uma rodada final de discussões formais em Bruxelas, onde tentarão estabelecer uma base para trabalhar no texto de um acordo.

A UE quer que o Reino Unido assuma compromissos em áreas-chave, como subsídios estatais, como condição para avançar rumo a uma fase mais intensa de negociações, na qual um grupo central tentará delinear o texto de um acordo.

As discussões até agora avançaram pouco em uma série de questões, como a garantia de que empresas de ambos os lados poderão competir em igualdade de condições, como resolver quaisquer disputas de forma vinculante e cooperação na aplicação de leis. Ainda assim, a autoridade disse que o Reino Unido finalmente mostrou nesta semana abertura para se engajar e que houve uma mudança marcante e positiva de tom.

O porta-voz do governo britânico, Jamie Davies, sinalizou que o Reino Unido vê progresso em algumas áreas das negociações. “Ainda queremos e estamos trabalhando em direção um Acordo de Livre Comércio, e estamos ansiosos pelas negociações na próxima semana”, disse Davies a repórteres na sexta-feira.

Em comunicado posterior, o governo destacou que as “diferenças em pesca e igualdade de condições continuam a ser significativas” e que ainda há muito trabalho por fazer. “Para que as lacunas nessas áreas sejam reduzidas, a atitude mais construtiva da UE terá de ser traduzida em posições políticas mais realistas nos próximos dias.”

As conversas na próxima semana devem ser fundamentais. A menos que ambos os lados façam pelo menos algum avanço na resolução de diferenças, o risco de que o Reino Unido deixe o mercado único da UE e a união aduaneira no final do ano sem um acordo comercial em vigor aumenta muito. Esse resultado significaria problemas e custos adicionais para empresas e consumidores, e agravaria a crise da economia que já sente o abalo da pandemia de coronavírus.

É provável que as negociações cheguem a um momento-chave quando líderes da UE se reunirem em 15 de outubro, e isso torna as reuniões da próxima semana cruciais. Se os negociadores não tiverem entrado no chamado túnel até o início da cúpula, isso será visto como um sinal de que as negociações estão fracassando.

Os 27 líderes do bloco então precisariam decidir como querem proceder, a menos que o primeiro-ministro britânico Boris Johnson mude repentinamente a posição do Reino Unido, disse a autoridade.

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