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Ultrapar: analistas divergem sobre venda da Oxiteno ser boa ou não

15 dez 2020, 11:50 - atualizado em 15 dez 2020, 11:50
Oxiteno, Ultrapar
Para a Ágora Investimentos, a Ultrapar estaria fazendo bem ao vender a unidade de negócio, pois ela traz volatilidade aos números consolidados do grupo (Imagem: YouTube/Grupo Ultra)

A venda da Oxiteno pela Ultrapar (UGPA3) é uma ideia ruim, na avaliação da Planner. A notícia sobre a possibilidade de desinvestimento foi bem recebida pelo mercado, mas os analistas da corretora acreditam que a companhia iria se desfazer de um negócio bastante rentável.

“No terceiro trimestre de 2020, a Oxiteno apresentou um bom resultado, em função das vendas mais concentradas no mercado externo e em produtos com maior valor agregado, além dos ganhos com a desvalorização do real. A receita líquida no trimestre aumentou 27,2% e o Ebitda total (R$ 169 milhões) foi 109% maior que no terceiro trimestre de 2019”, destacou a Planner.

Para a Ágora Investimentos, a Ultrapar estaria fazendo bem ao vender a unidade de negócio, pois ela traz volatilidade aos números consolidados do grupo. Além disso, caso a Ultrapar venda a Oxiteno por mais de US$ 1 bilhão (uma avaliação bastante razoável, na opinião dos analistas), a companhia poderia aproveitar para aumentar sua liquidez visando a aquisição de empresas em outras linhas de negócios.

“O nível de Ebitda da Oxiteno em 2021 deve ser próximo a R$ 900 milhões, o que significa que, em uma avaliação de US$ 1 bilhão, a transação seria concluída perto de 6 vezes o EV/EBITDA (valor da empresa sobre Ebitda) para 2021, que está em linha com a média dos pares mais próximos da Oxiteno, Lotte (4,8 vezes) e Sasol (7,4 vezes)”, disse a corretora. “Esse valor de EV também traria uma alta para o valor justo atual da Oxiteno em nosso modelo de US$ 800 milhões, trazendo um potencial de valorização de cerca de R$ 1/ação para nosso preço-alvo de R$ 23/ação”.

De acordo com a Planner, o que a Ultrapar poderia fazer seria usar os recursos da venda para adquirir uma refinaria da Petrobras (PETR3;PETR4).

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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