Usiminas (USIM5) cai mais de 5% após rebaixamento das ações pelo Itaú BBA

As ações da Usiminas (USIM5) lideram a ponta negativa do Ibovespa (IBOV) nesta terça-feira (17) desde o início das negociações.
Nos primeiros minutos, os papéis da mineradora chegaram a cair mais de 6% e entraram em leilão por oscilação máxima permitida na B3. Na retomada de negociações, por volta de 11h (horário de Brasília), USIM5 recuava 5,27%, a R$ 4,67. Acompanhe o Tempo Real.
O movimento de queda tem a revisão para baixo das estimativas do Itaú BBA para a companhia como principal motivo. O banco rebaixou a recomendação das ações para market perform (equivalente à neutro).
“Estamos revertendo nossa tese de investimento anteriormente mais positiva na Usiminas e rebaixando a classificação da ação devido a uma deterioração mais rápida do que o esperado nos preços de aços planos no Brasil — com queda de 14% desde março”, escreveu a equipe liderada por Daniel Sasson em relatório.
O Itaú BBA tem preço-alvo para a ação de R$ 5,90, o que representa um potencial de valorização de 19,7% sobre o preço de fechamento da véspera (16).
Os motivos para o rebaixamento
Além da deterioração dos preços de aço, os analistas do Itaú BBA consideraram um desempenho de custos mais fracos do que o esperado na revisão das estimativas para a Usiminas.
Com isso, os analistas reduziram a projeção do Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) consolidado para R$ 2 bilhões em 2025 — 33% menor do que a estimativa anterior. Para o segundo trimestre, a estimativa é de que o Ebitda totalize R$ 500 milhões.
A equipe liderada por Daniel Sasson ainda afirma que a Usiminas possui uma alavancagem operacional muito alta em seu segmento de aço, o que torna os resultados da divisão altamente sensíveis a mudanças nos preços e/ou custos por tonelada.
Eles também projetam um rendimento de Fluxo de Caixa Livre (FCF) estável entre 2025 e 2026.
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Por que não comprar USIM5 agora?
Na avaliação do Itaú BBA, a ação USIM5 é negociada a um preço justo em comparação com os níveis históricos.
“Embora os múltiplos da Usiminas e a geração de FCF não sejam atraentes, notamos que seu valor de mercado é equivalente aos seus níveis de estoque atuais menos a dívida líquida da empresa, o que implica nenhuma geração de valor à frente”, diz o banco em relatório.
Nas contas dos analistas, o múltiplo que mede a relação entre o valor de mercado e a tonelada (EV/tonelada) de aço da Usiminas é de R$ 1.115, aproximadamente 30% e 50% abaixo das médias históricas de 2 e 10 anos, respectivamente.
“Dito isso, acreditamos que a ação carece de gatilhos para um desempenho mais forte no curto prazo.”