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Vaca louca no Brasil: Evite Minerva Foods (BEEF3) e prefira JBS (JBSS3), diz Ajax

23 fev 2023, 10:12 - atualizado em 23 fev 2023, 10:12
JBS
Vaca louca no Brasil afeta ações de frigoríficos de maneiras diferentes. Entenda a dependência do mercado local.  (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker/)

Um caso da doença da vaca louca no Brasil foi confirmado e já acarreta na suspensão das exportações de carne bovina para a China a partir desta quinta-feira (23). Com isso, as ações de frigoríficos devem continuar na sangria no curto prazo.

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Porém, isso não significa que todas as companhias do setor serão impactadas com a mesma intensidade pelo caso de vaca louca no Brasil. Na prática, a ação a ser evitada, segundo a Ajax, é a Minerva Foods (BEEF3).

“A Minerva deverá ser o frigorífico mais afetado pela suspensão temporária de exportação de carne bovina para a China, já que 40% da receita da companhia é originada no Brasil, contra 30% da Marfrig (MRFG3) e 15% da JBS (JBSS3)”, afirma Rafael Passos, em nota.

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Nos últimos cinco pregões, a Minerva acumula desvalorização de quase 8%, sendo negociada a R$ 11,40 no fechamento nesta quarta-feira (22). Vale lembrar que o frigorífico divulga resultados hoje, após o fechamento do pregão local. Por sua vez, JBS acumula queda de 5,8% a R$ 17,91 no mesmo período.

China barganhará preços com vaca louca

Para o investidor que não renuncia a estar exposto ao setor, o especialista da Ajax aponta a JBS como a empresa que tende a ser a menos impactada pelo evento, dada a sua diversificação de operações pelo mundo, trabalhando com diferentes proteínas de origem animal.

Por ora, a Austrália se mostra melhor posicionada para abastecer a China. As empresas do setor devem ajustar sua produção (isto é, exportar de países que não seja Brasil) até que a doença seja solucionada.

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Mesmo que dependente da carne bovina brasileira (com aproximadamente 40% das importações provenientes do Brasil), os chineses podem utilizar o evento para barganhar preços mais baixos.

Ao que tudo indica, o diagnóstico da doença feito em uma fazenda no Pará parece ser um caso atípico – casos atípicos são causados pela idade mais avançada, com baixo risco de transmissão.

De qualquer forma, a notícia é mais negativa aos produtores locais, considerando que China representou em torno de 40% das exportações de carne bovina em 2022. Ainda não há clareza para a retomada das exportações ao país asiático.

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Repórter
Repórter de renda fixa do Money Times e Editor de agronegócio do Agro Times desde 2019. Antes foi Apurador de notícias e Pauteiro na Rede TV! Formado em Jornalismo pela Universidade Paulista (UNIP) e em English for Journalism pela University of Pennsylvania. Motivado por novos desafios e notícias que gerem valor para todos.
lucas.simoes@moneytimes.com.br
Repórter de renda fixa do Money Times e Editor de agronegócio do Agro Times desde 2019. Antes foi Apurador de notícias e Pauteiro na Rede TV! Formado em Jornalismo pela Universidade Paulista (UNIP) e em English for Journalism pela University of Pennsylvania. Motivado por novos desafios e notícias que gerem valor para todos.