Internacional

Vacina da Johnson & Johnson pode receber sinal verde da UE no começo de março

26 fev 2021, 14:53 - atualizado em 26 fev 2021, 14:53
A Comissão Europeia disse que as entregas da vacina da J&J devem começar no início de abril, o que aumentará a oferta durante o segundo e terceiro trimestres (Imagem: REUTERS/Dado Ruvic/Illustration)

A agência reguladora de medicamentos da União Europeia deve recomendar a vacina da Johnson & Johnson contra o coronavírus no início do próximo mês, o que aumentará a oferta enquanto os governos aceleram as campanhas de vacinação.

O sinal verde da Agência Europeia de Medicamentos (EMA, na sigla em inglês) é esperado em 11 de março, disse uma autoridade da UE sob condição de anonimato. Isso abriria caminho para a autorização de mercado de uma quarta vacina contra a Covid-19, além das já disponíveis da Moderna, AstraZeneca e Pfizer-BioNTech.

Um porta-voz da EMA disse que a agência trabalha para emitir um parecer até meados de março, mas não confirmou uma data. A fonte da UE também disse que a EMA está em negociações com autoridades russas sobre a vacina Sputnik V e que pode receber dados em breve para iniciar um processo de revisão contínuo.

A Comissão Europeia disse que as entregas da vacina da J&J devem começar no início de abril, o que aumentará a oferta durante o segundo e terceiro trimestres.

Ursula von der Leyen, presidente da Comissão, mostrou um slide para líderes da UE durante videoconferência na quinta-feira que projeta um forte aumento das entregas de vacinas nos próximos meses.

O acordo de compra antecipada da UE com a J&J permite que os estados membros comprem vacinas para 200 milhões de pessoas, com opção para outros 200 milhões. A EMA também realiza uma revisão contínua dos imunizantes da CureVac e Novavax. A Comissão fechou acordos para a compra inicial de 225 milhões de doses da CureVac e concluiu negociações preliminares com a Novavax para a compra de 100 milhões de doses.

Dados mostrados por Von der Leyen aos líderes ilustram que mais de 20 milhões de doses entregues aos 27 estados membros da UE ainda não foram administradas, levantando dúvidas sobre a capacidade das autoridades nacionais de saúde de lidar com o aumento da oferta e mobilizar os recursos necessários para acelerar vacinações.

Questionamentos sobre a eficácia do imunizante desenvolvido pela AstraZeneca e Universidade de Oxford e restrições para o uso em idosos em muitos países da UE aumentaram o ceticismo. Grandes quantidades da vacina não foram usadas na França e na Alemanha.

A UE está atrás dos EUA e do Reino Unido na campanha de vacinação, tendo entregue apenas 6,8 doses por 100 pessoas, de acordo com a rastreador de vacinas global da Bloomberg. Mas o desempenho varia entre os estados membros, com a Dinamarca tendo administrado cerca de quatro vezes mais doses do que a Bulgária por 100 habitantes, embora cada governo tenha acesso ao mesmo número de doses de acordo com a população.

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