Vale: BTG classifica prévia como “mista”, mas mantém preferência pelo papel
O BTG Pactual (BPAC11) tem uma opinião um pouco diferente sobre a nova prévia operacional da Vale (VALE). Enquanto o Safra, a XP Investimentos e a Ágora Investimentos viram uma tendência positiva nos números do período, com maior possibilidade da companhia alcançar sua meta mínima de produção de 310 milhões de toneladas de minério de ferro em 2020, os analistas Leonardo Correa e Caio Greiner classificaram o relatório como “misto”.
O motivo, explicaram Correa e Greiner, está no total de embarcações da commodity. O volume, de 74,2 milhões de toneladas, ficou 5% abaixo das expectativas já cautelosas do BTG.
Por outro lado, a produção de 88,7 milhões de toneladas de minério de ferro surpreendeu positivamente, com destaque para a performance do Sistema Norte, que foi responsável por 58,9 milhões de toneladas.
“A Vale construiu estoques em sua cadeia de fornecimento mais agressivamente do que imaginávamos, mas o cenário projetado para o quarto trimestre parece bem robusto”, comentaram Correa e Greiner.
O BTG reiterou a compra da ADR (American Depositary Receipt), com preço-alvo para os próximos 12 meses de US$ 14. A Vale permanece como top pick do banco, que tem para a mineradora uma perspectiva de grande retomada em volumes e queda nos custos. Além disso, o gap atual entre produção e vendas pode ser revertido mais à frente.