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Vale, CSN, Gerdau, Usiminas e Aura Minerals: se prepare para saltos de lucros acima de 100%

22 abr 2021, 16:37 - atualizado em 22 abr 2021, 17:31
Alumínio Aço Commodities Indústria Siderurgia
Preços mais altos, demandas mais forte: resultados das empresas de commdities devem disparar (Imagem: Reuters/Paulo Whitaker)

O trimestre para as commodities não poderia ter sido melhor. A demanda global por insumos provocou uma disparada dos preços de minérios, como o ferro. O mundo está com apetite por matérias primas, e quem ganha com isso são as empresas brasileiras. Além disso, o real desvalorizado ajuda os exportadores.

Para a XP Investimentos há ainda espaço para mais elevações dos valores, apesar das correções, com a forte demanda da China e oferta ainda restrita.

Segundo o presidente do Conselho Diretor do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Wilson Brumer, o faturamento do setor mineral no Brasil somou R$ 70 bilhões no primeiro trimestre deste ano, alta de 95% ante o mesmo período de 2020.

 

No caso da siderurgia, a recuperação do setor automotivo é o principal ponto a ser monitorado, permitindo um melhor mix de vendas.

“Os melhores preços realizados são o principal destaque neste segmento (+15% na comparação trimestral, em média). O mercado deve prestar atenção às teleconferências para obter mais informações sobre os possíveis aumentos de preços em abril”, apontam os analistas Yuri Pereira e Thales Carmo.

Vale: preços podem compensar produção menor

Os analistas esperam que o salto de 25% dos preços do minério de ferro possam compensar o menor volume produzido pela Vale (VALE3) no primeiro trimestre.

A corretora prevê um Ebitda, que mede o resultado operacional, de US$ 8,7 bilhões para o segmento de minério de ferro e US$ 994 milhões para os metais básicos.

Além disso, a corretora projeta lucro líquido de US$ 5,2 bilhões para a gigante de mineração, elevação de 211% em relação ao 1º trimestre do ano passado.

Vale 1ºTri21 A/A
Receita líquida US$ 13,9 bi 99,50%
Ebitda US$ 9,1 bi 199,40%
Lucro líquido US$ 5,2 bi 211%

Gerdau deverá entregar resultados fortes

Aço, Gerdau
Já os volumes nos EUA também devem ser acompanhados de fortes margens devido a recuperação do setor automotivo (Imagem: YouTube/Gerdau North America)

A equipe de analistas também está otimista com o desempenho da Gerdau (GGBR4). Para eles, os principais destaques são os baixos impactos da sazonalidade e os preços mais altos em todos os segmentos.

“No Brasil, esperamos margens ainda saudáveis devido aos aumentos de preços e demanda resiliente compensando custos mais altos”, argumentam.

Já os volumes nos EUA também devem ser acompanhados de fortes margens devido a recuperação do setor automotivo.

Gerdau 1ºTri21 A/A
Receita líquida R$ 14,8 bi 61%
Ebitda R$ 3,3 bi 185%
Lucro líquido R$ 1,8 bi 735%

Usiminas: bons números, mas não suficiente para comprar as ações

A XP projeta uma alta de 2% nos volumes produzidos de aço da Usiminas (USIM5), com os preços compensando os custos por tonelada mais elevados no período.

Além disso, a empresa deverá reverter o prejuízo do ano passado e fechar o primeiro trimestre com lucro de R$ 899 milhões.

CSN
A CSN (CSNA3) é outra empresa que surfará nos altos preços das commodities (Imagem: Divulgação/CSN)

“O movimento de recomposição de estoques do setor automotivo deve impactar positivamente preços realizados devido ao melhor mix e volumes maiores”, argumentam.

No caso da mineração, novamente, os preços mais altos devem compensar os volumes.

Usiminas 1ºTri21 A/A
Receita líquida R$ 6,5 bi 71,90%
Ebitda R$ 1,9 bi 285,70%
Lucro líquido R$ 899 mi

 CSN: hora de comprar?

A CSN (CSNA3) é outra empresa que surfará nos altos preços das commodities. Com isso, a XP projeta um lucro líquido de R$ 2,2 bilhões, revertendo o prejuízo do ano passado. Hora de comprar?

“Mantemos nossa recomendação de compra (preço-alvo de R$55/ação) com base em nossa expectativa de níveis saudáveis para os preços do minério de ferro no futuro e seus projetos de expansão no segmento de minério de ferro”, afirmam.

CSN 1ºTri21 A/A
Receita líquida R$ 11,7 bi 109,50%
Ebitda R$ 5,7 bi 333,70%
Lucro líquido R$ 2,2 bi

Aura Minerals: relatório do 1º tri anima

A forte prévia do primeiro trimestre da Aura Minerals (AURA33) aponta para resultados bons, afirmam os analistas.

O principal destaque é o maior preço de cobre compensando parcialmente a queda no preço do ouro.

“Acreditamos que o mercado deve prestar atenção na teleconferência de resultados da empresa para entender melhor a evolução dos teores nas minas e o crescimento de produção nas minas de Aranzazu e Gold Road”, argumentam.

Aura 1ºTri21 A/A
Receita líquida US$ 110 mi 125%
Ebitda US$ 52 mi 807%
Lucro líquido US$ 36 mi

 

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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