Vale decide demitir CEO Fabio Schvartsman, que implementou “cultura de custos”

A Vale (VALE3) decidiu demitir o CEO, Fabio Schvartsman, aponta o site da revista Veja. O colunista Mauricio Lima destaca que a decisão foi tomada pelo Conselho de Administração em uma reunião realizada neste sábado. Teria sido uma recomendação do Ministério Público.

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O executivo, que assumiu no final de março de 2017, ficou um pouco menos de dois anos à frente da mineradora. As ações se valorizaram 55% no período.

Em 14 de fevereiro, Schvartsman havia dito que continuaria à frente da companhia, ao responder perguntas de parlamentares que integram a Comissão Externa de Brumadinho da Câmara dos Deputados.

Foi muito criticado também, quando na mesma ocasião, disse que a Vale “é uma joia brasileira e não pode ser condenada por um acidente”, completou.

“Fomos surpreendidos por Feijão. Todas as informações nos mostravam que não havia qualquer risco iminente com aquela barragem, não exigindo quaisquer ações da companhia”, disse Schvartsman.

A tragédia completou um mês no dia 25 de fevereiro. São 179 mortos e 130 desaparecidos.

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Carreira

Ele é graduado e pós-graduado em Engenharia de Produção pela Universidade Politécnica de São Paulo (Poli/USP) e pós-graduado em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas.

O executivo trabalhou por 10 anos na Duratex (DTEX3) e por 22 anos no grupo Ultra (UGPA3), de onde saiu em 2007 como CFO da holding Ultrapar e sócio-diretor da Ultra.

Após presidir a Telemar Participações e a San Antonio Internacional, tornou-se em 2011 presidente da Klabin, cargo que exerceu até chegar à Vale.

Cultura de custos

Schvartsman assumiu a empresa com a promessa de cortar custos em relação aos pares internacionais. A ideia era a de implementar uma “cultura de custo” e, para isso, foram contratadas as consultorias Falconi e PIP Mining Consultants para ajudar no processo.