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Vale (VALE3) divulga resultados nesta quinta; veja o que esperar, segundo 8 analistas

26 out 2022, 20:07 - atualizado em 26 out 2022, 20:15
Vale
Vale reportou produção de minério de ferro acima do esperado para o período entre julho e setembro de 2022 (Imagem: Vale)

A Vale (VALE3) é um dos destaques da temporada de resultados do terceiro trimestre nesta semana. A mineradora divulgará seus números trimestrais nesta quinta-feira (27), após o fechamento do mercado.

Após reportar dados de produção de minério de ferro acima do esperado para o período entre julho e setembro de 2022, analistas estão confiantes de que a companhia está no caminho para entregar seu guidance, que prevê entre 310-320 milhões de toneladas de minério de ferro produzidos até o fim do ano.

O relatório de produção e vendas da Vale apontou produção de 89,7 milhões de toneladas métricas no terceiro trimestre, aumento de 21% em relação ao volume registrado no trimestre anterior e avanço de 1,1% comparado com a quantidade registrada no mesmo intervalo do ano passado.

O que prévia indica sobre resultados?

Vale (VALE3) parece estar no caminho certo para entregar a meta de produção de minério de ferro para 2022, diz o Bank of America (BofA). No acumulado do ano, a Vale produziu 227 milhões de toneladas do ingrediente siderúrgico.

Na avaliação da XP Investimentos, a recuperação do segmento de metais básicos indica um importante ponto de virada para uma divisão que, ao longo dos últimos trimestres, vem lutando para entregar bons números.

A Eleven Financial tem visão semelhante ao afirmar que o desempenho dos metais básicos demonstra “uma mudança de momento” para a unidade. Como o BofA, a instituição vê a divisão mais próxima de concluir o guidance de produção de minério de ferro.

Apesar de algumas surpresas positivas, analistas avaliam que os preços mais fracos do minério de ferro no trimestre devem pressionar os resultados da Vale.

Ilan Arbetman, analista da Ativa Investimentos, tem uma leitura de que as receitas devem chegar em linha com o esperado. Por outro lado, a dinâmica dos custos de frete não deve mudar muito em relação ao segundo trimestre.

“Não serão tão altos como no começo do conflito [Rússia-Ucrânia], mas maiores que a média”, diz.

Outro ponto a ser considerado é a queda dos prêmios, com impacto vindo de um preço médio do minério de ferro menor.

“Estamos falando de um trimestre com preço médio do minério de ferro menor. E estamos vendo prêmios menores também. E esses são os pontos fortes da Vale, seus prêmios e produtos”, afirma Gabriela Joubert, analista-chefe do Inter Research.

Joubert destaca que os resultados do segundo trimestre da Vale mostraram uma “peculiaridade”. A companhia vendeu produtos de menor qualidade, enquanto o mercado estava precificando melhor esses produtos.

Vale a pena prestar atenção para ver se é algo pontual”, comenta a analista.

O Safra espera que a Vale entregue uma receita líquida trimestral de US$ 10,1 bilhões, além de um Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de US$ 4,2 bilhões, equivalente a uma margem de 42%.

Pelas estimativas da Ágora Investimentos, o Ebitda ajustado deve chegar a US$ 4,3 bilhões, queda trimestral de 22%.

A Ágora também projeta custos C1 (mina até o porto) da Vale em US$ 21,5/tonelada, contra US$ 24,20 no segundo trimestre, impactados positivamente pela maior diluição de custos fixos e câmbio. Os custos totais devem cair para US$ 48/tonelada, contra US$ 52 no trimestre anterior.

Para a Genial Investimentos, os resultados virão mais fracos na comparação anual.

“A dinâmica de custos com um frete em desaceleração deve ajudar a Companhia a reportar uma melhora de margem Ebitda na comparação trimestre a trimestre, porém, esse efeito não irá compensar totalmente um top line mais morno na comparação ano a ano”, avalia a corretora.

A Genial espera receita de US$ 10,2 bilhões para a Vale, com pressão na margem Ebitda e na margem líquida. Analistas da corretora também veem a companhia mais distante do lucro líquido observado no terceiro trimestre do ano passado.

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Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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