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Vale (VALE3) quer garantir flexibilidade para ser bem-sucedida em qualquer momento do ciclo, diz CEO

03 dez 2024, 13:17 - atualizado em 03 dez 2024, 18:36
Gustavo Pimenta
Vale está priorizando a excelência operacional e a inovação, diz CEO. (Imagem: Linkedin)

O CEO da Vale (VALE3), Gustavo Pimenta, disse nesta terça-feira (3) em reunião com investidores em Nova York que o plano estratégico da empresa para os próximos cinco anos busca assegurar flexibilidade operacional e competitividade em todos os cenários econômicos.

Durante o evento, o executivo falou em transformação do portfólio, impulso de inovação e reconstrução da confiança da sociedade. A nova visão estratégica da Vale também reflete mudanças nas demandas do mercado global, com o avanço da descarbonização.

Segundo Pimenta, um dos pilares da estratégia da Vale é o fortalecimento de seu portfólio para garantir resiliência, independentemente do ciclo econômico ou do mercado de commodities.

“Queremos estar preparados para oferecer produtos competitivos e de alta qualidade, seja qual for o momento do ciclo”, afirmou Pimenta.

A mineradora pretende expandir sua atuação no setor de cobre, considerada uma oportunidade estratégica devido ao potencial existente.

A Vale produz 350 mil toneladas anuais do metal e planeja aumentar a produção para até 500 mil toneladas em 2030.

Além disso, a companhia aposta em mega hubs – centros de produção conectados diretamente aos clientes – como solução para atender às buscas crescentes por aço em meio a uma demanda por combustíveis descarbonizados, como gás natural e hidrogênio.

Pimenta destacou uma parceria estratégica no Omã, onde a Vale desenvolverá uma planta de concentração de minério de ferro com capacidade de 12 milhões de toneladas.

Custos e inovação

Segundo o CEO da companhia, a Vale está priorizando a excelência operacional e a inovação. Desde o rompimento da barragem em Brumadinho, a empresa investiu na transformação de processos para torná-los mais seguros e confiáveis, disse.

Agora, de acordo com o executivo, a mineradora quer avançar ainda mais, com foco em eficiência e redução de custos.

“Estamos trabalhando para reduzir nossos custos por tonelada C1. Nossa meta é baixar para menos de US$ 20 por tonelada até 2026, chegando entre US$ 18 e US$ 19,50 até 2030 em termos nominais”, explicou o CEO.

A Vale também está aposta na economia circular, reaproveitando rejeitos e resíduos para ampliar sua produção. Este ano, a mineradora processou cerca de 10 milhões de toneladas a partir dessas fontes, com a meta de alcançar 30 milhões de toneladas até 2030, disse o executivo.

Pimenta reforçou que a reconstrução das relações institucionais e da confiança pública é uma prioridade estratégica. “Queremos mostrar que podemos deixar um legado positivo para a sociedade”, destacou.

Entre as iniciativas estão a promoção de uma força de trabalho mais diversa, avanços no relacionamento com comunidades indígenas e investimentos na proteção ambiental, especialmente na Amazônia.

Nesta terça-feira (3), VALE3 caiu 0,76%, a R$ 58,47.

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Editor
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em mercado financeiro. Colaborou com revista Veja, Estadão, entre outros.
kaype.abreu@moneytimes.com.br
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Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em mercado financeiro. Colaborou com revista Veja, Estadão, entre outros.
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