BusinessTimes

VALE3, CSNA3, CMIN3: Até onde vai o rali do minério de ferro? Preços estão perto de cair, alerta BofA

22 fev 2023, 15:43 - atualizado em 22 fev 2023, 15:43
CSN Mineração
CSN vence “susto” da abertura e sobe nesta quarta-feira (22), contrariando movimento do Ibovespa (Imagem: CSN/Divulgação)

Em dia negativo para o Ibovespa, parte das ações do setor de mineração e siderurgia busca se manter no lado dos vencedores.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Algumas empresas conseguiram vencer o “susto” da abertura e viraram para alta. É o caso de CSN (CSNA3), que subia 0,29% perto das 15h40 desta quarta-feira (22). A controlada CSN Mineração (CMIN3) se mostrava estável, enquanto Vale (VALE3) oscilava entre perdas e ganhos, mas com tendência de queda.

Mineradoras e siderúrgicas da Bolsa aproveitam a boa fase do minério de ferro. O rali dos últimos meses, impulsionado pelo processo de reabertura da economia chinesa após um período complicado de restrições contra o coronavírus no país asiático, fez com que as empresas expostas ao ingrediente siderúrgico se recuperassem da baixa em meados de 2022.

A recuperação dos preços do minério de ferro nesse último rali chamou a atenção de autoridades chinesas, que mostraram preocupações com as mudanças de preços e avisaram que iam apertar a supervisão para conter a especulação do mercado.

Dito e feito: ajustes para limitar as negociações de determinados contratos futuros entraram em vigor na noite desta terça, a fim de garantir a estabilidade no mercado.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Atualmente, os preços do minério de ferro giram em torno de US$ 130 a tonelada, bem acima dos patamares ideais considerados por agentes de mercado para a matéria-prima da siderurgia.

Na avaliação da Genial Investimentos, existe de fato certo nível de especulação em cima da curva de minério de ferro. Para a corretora, a curva em preços acima de US$ 110/tonelada não parece razoável, visto que a demanda das siderúrgicas chinesas não sustenta o nível dos preços.

Segundo a Genial, existe um descolamento da curva de preços com a economia real chinesa. O mercado parece ter colocado muita expectativa sobre a demanda futura chinesa e deve acabar se frustrando, com o impacto nas ações vindo mais à frente.

O Inter Research avalia que as incertezas quanto ao ritmo de produção siderúrgica chinesa continuam elevadas, trazendo desafios para a demanda de minério de ferro.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A instituição também acredita que ações como VALE3 estão “devidamente precificadas” nos patamares atuais e não devem subir muito mais.

Correção está próxima

A opinião do Bank of America (BofA) não destoa muito. Por mais que acredite que a sazonalidade pode dar suporte aos preços do minério de ferro no curto prazo, a queda está por vir.

“Os preços devem cair em direção à nossa média projetada para 2023 de aproximadamente US$ 100/tonelada, especialmente no segundo semestre”, afirma o banco, em relatório publicado na última semana.

Segundo o BofA, parecia uma boa ideia comprar ações expostas ao minério de ferro no fim do ano passado, mas a recente valorização parece tomar boa parte da expectativa sobre a retomada da China.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Em paralelo, analistas ainda não viram melhorias materiais nos fundamentos para justificar os níveis atuais, não mais sustentáveis, da commodity.

“A principal questão agora é: esse rali tem pernas?”, questiona a instituição.

O BofA chega a citar o descontentamento das autoridades chinesas com os preços atuais do minério de ferro, o que também serve como contrapeso para a manutenção dos níveis atuais.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Compartilhar

WhatsAppTwitterLinkedinFacebookTelegram
Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
diana.cheng@moneytimes.com.br
Linkedin
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
Linkedin
As melhores ideias de investimento

Receba gratuitamente as recomendações da equipe de análise do BTG Pactual – toda semana, com curadoria do Money Picks

OBS: Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies.

Fechar