Ibovespa VALE3, PETR4 e outros fatores que fazem o Ibovespa disparar mais de 2% nesta terça
O Ibovespa (IBOV) sobe forte nesta terça-feira (29), embalado pelo avanço das ações ligadas a commodities.
O índice de referência da Bolsa brasileira disparava 2,23% perto das 12h, a 111.210,48 pontos. Apesar do desempenho morno dos mercados americanos, Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3) contribuíam para o tom positivo do mercado doméstico.
A mineradora subia 4,33%, enquanto a estatal registrava ganhos de 3,28%, na esteira da recuperação do minério de ferro e do petróleo, respectivamente.
No caso da Petrobras, a alta ocorre após a primeira reunião entre a diretoria da empresa e o grupo de energia da equipe de transição do governo Lula.
Do lado político, investidores estão de olho na PEC da Transição, protocolada na noite desta segunda (28) no Senado. O texto original pede uma licença para gastos na ordem de R$ 198 bilhões fora do teto durante quatro anos.
A tramitação pode começar hoje, após a confirmação das 27 assinaturas necessárias de senadores endossando o texto. Ainda assim, a PEC deve passar por algumas mudanças até sua aprovação – especialmente o valor, que pode ser reduzido para o patamar de R$ 100 bilhões, e o prazo, que deve ser de no máximo dois anos.
A Genial Investimentos afirma que a expectativa é de que Lula assuma a função de negociar diretamente com o Congresso nos próximos dias.
“É importante notar que, para que seja possível manter a transferência de R$ 600 do programa Auxílio Brasil em janeiro de 2023, é necessário que a proposta seja aprovada até o dia 22 de dezembro, quando o Congresso entra em recesso”, destaca a corretora, em relatório enviado nesta manhã.
Em paralelo, agentes do mercado estão à procura de sinalizações sobre a composição dos ministérios, principalmente da pasta da Economia. O ex-ministro e ex-prefeito Fernando Haddad é um dos nomes mais cotados para liderar a Fazenda.
Segundo a Mirae Asset, em relatório enviado a clientes antes da abertura do mercado, escolher Haddad para o Ministério da Fazenda “parece quase certo”.
Na agenda econômica, dados da Fundação Getulio Vargas (FGV) mostraram que a deflação do Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) perdeu força em novembro, caindo 0,56% no mês depois de ter recuado 0,97% no mês anterior, com pressão dos preços em todos seus três subíndices. A expectativa em pesquisa da Reuters era de recuo de 0,38%.
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