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Valid vai melhorar resultados nos próximos trimestres, mas cautela ainda é grande

07 nov 2020, 17:14 - atualizado em 07 nov 2020, 17:14
Valid
A Ágora Investimentos projeta melhores resultados para a Valid nos próximos trimestres (Imagem: Instagram/Valid)

A Valid (VLID3) não conseguiu terminar o terceiro trimestre do ano com lucro. Isso não abalou a visão construtiva que a Ágora Investimentos tem sobre a companhia, visto que os números do período vieram em linha com o que os analistas esperavam.

Mesmo apresentando quedas no comparativo anual, a receita e o Ebitda (lucro antes de antes de juros, impostos, depreciação e amortização) deram mostras de recuperação em relação ao trimestre anterior, seguindo a reabertura da economia brasileira e a volta dos volumes operacionais à normalidade.

A Ágora destacou o desempenho do segmento de Identificação, que fechou com receita de R$ 120 milhões. As receitas móveis também avançaram (+40% ante o mesmo intervalo de 2019).

“Do lado positivo, o segmento de celular continua a ter um bom desempenho, embora tenha se beneficiado principalmente da valorização do câmbio”, comentaram Fred Mendes e Luiza Mussi, em relatório divulgado ontem.

A Ágora projeta melhores resultados para a Valid nos próximos trimestres, mas nada tão impressionante que possa alterar neste momento a recomendação neutra do papel, com preço-alvo de R$ 22.

Perdas

A Valid estimou que perderá R$ 130 milhões por ano em receitas com a ampliação da validade da Carteira Nacional de Habilitação (CNH).

Sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro em outubro, a lei começa a vigorar em abril de 2021. Ela estabelece que motoristas com menos de 50 anos deverão renovar a CNH a cada dez anos, enquanto quem tem entre 50 e 70 anos renovará a carteira a cada cinco anos. Acima disso, o prazo será de três anos.

A companhia emitiu no ano passado 14,3 milhões de CNHs. Metade do volume foi de motoristas com idades entre 18 e 49 anos. Segundo a Valid, o impacto nas receitas será sentido a partir do quinto ano de vigência da lei; ou seja, em 2026.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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