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Valorização do real afeta Klabin (KLBN11), mas BTG ainda vê potencial; é hora de comprar?

23 set 2025, 13:03 - atualizado em 23 set 2025, 13:03
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(Imagem: Divulgação/Klabin)

As ações da Klabin (KLBN11) acumulam perdas de aproximadamente 20% no ano, diante de um cenário macroeconômico e setorial mais desafiador do que o previsto. No entanto, para o BTG Pactual, os percalços de curto prazo não anulam o potencial de valorização da companhia.

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O banco manteve nesta terça-feira (23) a recomendação de compra para os papéis da Klabin, com um preço-alvo de R$ 26, que representa um potencial de alta superior a 30% em relação à cotação atual de R$ 18,21.

Os analistas ressaltam que a recomendação original para a Klabin, feita em novembro passado, baseava-se em uma tese de alocação de capital mais simples, perspectivas de desalavancagem, controle de custos e crescimento de volumes em 2025.

O BTG reconhece que essa tese não se concretizou como esperado. Parte dessa correção que o ativo sofreu é justificada pela valorização de 14% do real frente ao dólar no acumulado do ano, que impacta a receita da exportadora. Além disso, os preços da celulose em dólar caíram 6%.

Internamente, a desalavancagem da companhia segue em ritmo lento, com o indicador de dívida líquida/Ebitda ainda em 3,8x. Os custos de madeira e químicos também vieram acima do projetado.

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O banco considera que o guidance de custo da empresa, entre R$ 3,1 mil e R$ 3,2 mil por tonelada, será difícil de ser atingido, dado o câmbio mais baixo, o clima adverso e os custos logísticos elevados.

Outro ponto de pressão vem do mercado de papel cartão, que enfrenta a concorrência de importações baratas e a substituição por plástico.

Devido a esse cenário, a projeção de Ebitda para 2025 foi revisada em 11% para baixo, o que pesa na avaliação de curto prazo.

Apesar dos ventos contrários, o BTG destacou pontos positivos que sustentam a visão de longo prazo. O segmento de embalagens segue como um destaque, amparado pela demanda de bens não discricionários e pela capacidade da Klabin de ganhar participação de mercado.

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Os analistas também afirmam que os preços da celulose parecem estar próximos do piso, com uma expectativa de recuperação gradual diante da maior demanda chinesa.

Mesmo com uma postura mais cautelosa, o banco reitera a visão positiva nos fundamentos estruturais sólidos da companhia e em um valuation considerado atrativo para 2026.

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Repórter estagiário no Money Times, graduando em jornalismo pela Universidade de São Paulo (USP). Cobre empresas, mercados e agronegócio desde 2024.
gustavo.silva@moneytimes.com.br
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