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Vão-se os anéis, ficam os dedos: As concessões de Lula e Biden, melhores e piores investimentos de maio, Collor preso e outros destaques do dia

01 jun 2023, 8:13 - atualizado em 01 jun 2023, 8:14
Lula e Joe Biden
Nos últimos dias, os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Joe Biden viveram momentos difíceis perante seus respectivos Congressos. (Imagem: REUTERS/Jonathan Ernst)

Acomodar interesses antagônicos não é fácil, seja nas relações pessoais, políticas ou econômicas. Há até quem considere a negociação uma forma de arte.

É claro que as partes envolvidas vão buscar o que consideram melhor para si, sejam lá quais forem os interesses e objetivos em jogo.

Nem sempre, porém, é possível alcançar um acordo equilibrado. Aliás, nos últimos anos, é o desequilíbrio que tem dado o tom nas negociações entre governos e parlamentos em diversas democracias liberais ao redor do mundo, inclusive Brasil e Estados Unidos.

Lá e cá, uma sucessão de eleições com resultado apertado, com governos eleitos incapazes de formar maiorias legislativas sólidas, tem deixado os últimos presidentes nas mãos de deputados e senadores. Nem sempre de maneira republicana.

Nos últimos dias, os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Joe Biden viveram momentos difíceis perante seus respectivos Congressos. Lula por causa da MP dos Ministérios; Biden pelo teto da dívida.

Em ambos os casos, os chefes de Estado saíram dos bastidores e entraram diretamente nas negociações. Na noite de quarta-feira, ambos aparentemente alcançaram seus objetivos — ou pelo menos o que foi possível alcançar.

Lula conseguiu evitar que a MP expirasse e a estrutura de seu governo voltasse a ser aquela de seu antecessor. Biden convenceu a Câmara a suspender o teto da dívida por dois anos, evitando assim um inédito calote norte-americano.

No entanto, nada disso saiu de graça. Tanto Lula quanto Biden precisaram entregar alguns anéis para não perder os dedos.

De qualquer modo, os mercados financeiros parecem reagir bem às novidades. A expectativa fica agora por conta dos números finais do PIB brasileiro no primeiro trimestre.

Para ficar por dentro de como tudo isso mexe com seus investimentos, acompanhe a cobertura do Seu Dinheiro.

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