Money Picks

Varejo em liquidação? Money Picks desta segunda (17) destaca resultados de 3 ações do setor e traz recomendação bônus

17 nov 2025, 8:00 - atualizado em 17 nov 2025, 8:05

O Money Picks desta semana entrou no clima de Black November para analisar um setor que parece viver em liquidação permanente na bolsa: o varejo. O consumo continua fraco e a competição acirrada trouxe resultados mistos no terceiro trimestre de 2025 (3T25).

Apresentado pela repórter Juliana Caveiro, o programa desta segunda-feira (17) destacou as análises sobre as grandes companhia do setor que estão listadas na bolsa.

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O Magazine Luiza (MGLU3) voltou ao azul no trimestre, porém com lucro bem menor que o registrado no ano passado. Ainda assim, surpreendeu positivamente o mercado, que esperava números mais fracos.

A operação mostrou estabilidade, com margens conservadas e despesas sob controle — algo visto como positivo num cenário desafiador.

O problema segue no crescimento. As lojas físicas até avançaram, mas o digital perdeu força diante da concorrência com Mercado Livre e Shopee. O marketplace ganha peso, mas ainda não compensa a queda do e-commerce próprio.

Entre os analistas, o consenso é claro: disciplina operacional, mas ritmo lento. BTG Pactual e JP Morgan classificaram o trimestre como fraco. No entanto, as recomendações são opostas. Enquanto o BTG recomenda compra, o JP sugere a venda das ações.

XP Investimentos e Safra falaram em resultado “morno”. Já a Genial Investimentos avaliou que a empresa não destrói valor, mas tampouco consegue acelerar. Essas três casas mantém a recomendação neutra.

C&A (CEAB3)

Mesmo em meio ao consumo fraco e clima desfavorável, com temperaturas mais baixas que o normal, a C&A (CEAB3) entregou um trimestre que surpreendeu positivamente o mercado.

A companhia fez o dever de casa: cortou custos, reduziu endividamento e concentrou esforços no que funciona — o vestuário.

A varejista encerrou de vez as operações de eletrônicos, enxugou a área de beleza e passou a apostar no que tem mais margem e giro rápido. O resultado: fluxo de caixa mais forte e dívida em níveis mais confortáveis.

O BTG Pactual elogiou o equilíbrio entre eficiência operacional e gestão financeira e manteve recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 23.

A XP também vê execução consistente, ressaltando o menor risco por não depender do crédito ao consumidor.

Embora o ambiente macroeconômico siga desafiador, analistas afirmam que a C&A prova que é possível crescer com pé no chão — e que a recuperação pode estar em curso.

Lojas Renner (LREN3)

Em relação a Lojas Renner (LREN3), o destaque foi o lucro maior. A companhia manteve margens, mas o crescimento ficou aquém do esperado.

E o motivo tem pouco a ver com estratégia e muito a ver com o clima: o frio prolongado no Sul, região relevante para a varejista, derrubou as vendas de verão e reduziu o ritmo das lojas.

Segundo a Ágora Investimentos, o balanço reforça um desafio recorrente: transformar eficiência operacional em crescimento sustentável.

Para a casa, a Renner é disciplinada e bem gerida, mas depende mais da melhora do cenário econômico do que de mudanças internas no curto prazo. Os analistas mantêm a recomendação neutra para os papéis, com preço-alvo de R$ 18.

A XP também classificou o trimestre como morno, destacando despesas mais altas, especialmente com pessoal e aluguel.

Um ponto chamou a atenção: a Renner perdeu o posto de melhor rentabilidade do setor — agora ocupado pela Guararapes, dona da Riachuelo. Apesar disso, a casa recomenda compra, com preço-alvo de R$ 22.

Track & Field (TFCO4)

Para quem busca oportunidades fora do varejo tradicional, o programa trouxe como bônus a recomendação do BTG Pactual para a Track&Field (TFCO4). O banco vê perspectivas positivas não só no Brasil, mas globalmente para o setor esportivo e de bem-estar.

A companhia vem de uma série de trimestres fortes e, para o BTG, deve superar estimativas também no último trimestre do ano. O banco recomenda compra, com preço-alvo de R$ 18.

A tese de investimento se apoia em quatro pilares: margens e ROIC elevados; forte alinhamento com franqueados; modelo de loja flexível com presença nacional; e ecossistema próprio, que une social commerce e eventos esportivos, impulsionando fidelização.

A expansão também chama atenção: são mais de 400 lojas previstas até 2025 e até 45 novas unidades em 2026, incluindo Portugal. Negociando a 14 vezes o lucro esperado para 2026, a ação é vista como atrativa e integra a carteira de 10 small caps favoritas do BTG.

Para conferir todos os detalhes sobre essas análises e decidir se vale ou não colocar essas ações na sua carteira, acompanhe o Money Picks no canal do Money Times no YouTube.

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Repórter estagiário no Money Times, graduando em jornalismo pela Universidade de São Paulo (USP). Cobre empresas, mercados e agronegócio desde 2024.
gustavo.silva@moneytimes.com.br
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