Comprar ou vender?

BBAS3, BBDC4 e ITUB4: Um é venda e dois são compra para BofA

16 jun 2025, 18:55 - atualizado em 16 jun 2025, 18:55
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(Imagem: Montagem com fotos de Marcio Juliboni/Renan Dantas/Divulgação)

O Bank of America (BofA) reiterou sua recomendação de venda para o Banco do Brasil (BBAS3) em relatório publicado nesta segunda-feira (16).

Por outro lado, Bradesco (BBDC4) é compra após ganhar pontos com o mercado com resultados acima do esperado.

No relatório, o BofA afirma que a recomendação reflete as melhorias operacionais e estruturais obtidas após a implementação gradual e bem-sucedida de seu plano estratégico.

“Bradesco é uma aposta cíclica (beta), com história de turnaround que pode gerar significativo upside caso os juros recuem. O valuation segue bem abaixo da média histórica”, destacaram os analistas.

Para o BB, a recomendação se mantém devido às preocupações com a carteira rural e à deterioração das perspectivas de lucro.

“Vemos risco de revisões negativas nas projeções de lucro do consenso, apesar de o valuation estar descontado frente à média histórica, alertou o BofA.

Itaú: o queridinho do setor

No mesmo relatório, o BofA reforçou o otimismo com o Itaú (ITUB4), elevando o preço-alvo de R$ 36 (US$ 6,3) para R$ 41 (US$ 7,1). O banco segue como principal escolha da casa no setor.

Os analistas citam dois pilares para essa visão:

  • alta previsibilidade dos lucros;
  • histórico de execução consistente, que justifica um prêmio no valuation.

Em relação à Resolução CMN 4.966, que implementa os critérios do IFRS 9 no Brasil — exigindo a divisão da carteira de crédito por estágios de risco de inadimplência —, o BofA destaca que o Itaú segue com a melhor qualidade de ativos do setor.

“Houve uma postura significativamente mais conservadora nas provisões”, afirmam.

Bancos acelerados… mas até quando?

O relatório também chama atenção para um dado relevante: o crescimento da carteira de crédito está bem acima do topo do guidance de todos os bancos — 13% no 1T25, contra uma média projetada de 7% para 2025 (excluindo o Santander Brasil – SANB11).

“Isso indica que os executivos esperam uma desaceleração no crescimento do crédito nos próximos trimestres”, explica o BofA.

Dois fatores sustentam essa avaliação:

  1. postura mais cautelosa, diante de uma atividade econômica mais fraca;
  2. ambiente de juros ainda elevados, o que pode levar a um crescimento mais modesto dos lucros no segundo semestre de 2025.

Desempenho na bolsa

No acumulado de 2025:

  • Itaú sobe 32%;
  • Bradesco avança 45%;
  • Santander tem alta de 26%;
  • E o Banco do Brasil cai 8%.

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Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022, 2023 e 2024. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
renan.dantas@moneytimes.com.br
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022, 2023 e 2024. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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