BBAS3, BBDC4 e ITUB4: Um é venda e dois são compra para BofA

O Bank of America (BofA) reiterou sua recomendação de venda para o Banco do Brasil (BBAS3) em relatório publicado nesta segunda-feira (16).
Por outro lado, Bradesco (BBDC4) é compra após ganhar pontos com o mercado com resultados acima do esperado.
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No relatório, o BofA afirma que a recomendação reflete as melhorias operacionais e estruturais obtidas após a implementação gradual e bem-sucedida de seu plano estratégico.
“Bradesco é uma aposta cíclica (beta), com história de turnaround que pode gerar significativo upside caso os juros recuem. O valuation segue bem abaixo da média histórica”, destacaram os analistas.
Para o BB, a recomendação se mantém devido às preocupações com a carteira rural e à deterioração das perspectivas de lucro.
“Vemos risco de revisões negativas nas projeções de lucro do consenso, apesar de o valuation estar descontado frente à média histórica”, alertou o BofA.
Itaú: o queridinho do setor
No mesmo relatório, o BofA reforçou o otimismo com o Itaú (ITUB4), elevando o preço-alvo de R$ 36 (US$ 6,3) para R$ 41 (US$ 7,1). O banco segue como principal escolha da casa no setor.
Os analistas citam dois pilares para essa visão:
- alta previsibilidade dos lucros;
- histórico de execução consistente, que justifica um prêmio no valuation.
Em relação à Resolução CMN 4.966, que implementa os critérios do IFRS 9 no Brasil — exigindo a divisão da carteira de crédito por estágios de risco de inadimplência —, o BofA destaca que o Itaú segue com a melhor qualidade de ativos do setor.
“Houve uma postura significativamente mais conservadora nas provisões”, afirmam.
Bancos acelerados… mas até quando?
O relatório também chama atenção para um dado relevante: o crescimento da carteira de crédito está bem acima do topo do guidance de todos os bancos — 13% no 1T25, contra uma média projetada de 7% para 2025 (excluindo o Santander Brasil – SANB11).
“Isso indica que os executivos esperam uma desaceleração no crescimento do crédito nos próximos trimestres”, explica o BofA.
Dois fatores sustentam essa avaliação:
- postura mais cautelosa, diante de uma atividade econômica mais fraca;
- ambiente de juros ainda elevados, o que pode levar a um crescimento mais modesto dos lucros no segundo semestre de 2025.
Desempenho na bolsa
No acumulado de 2025:
- Itaú sobe 32%;
- Bradesco avança 45%;
- Santander tem alta de 26%;
- E o Banco do Brasil cai 8%.