Internacional

Vendas no varejo no Reino Unido caem em julho em meio a frenesi do futebol e impacto da Delta

20 ago 2021, 8:23 - atualizado em 20 ago 2021, 8:23
Os volumes de vendas caíram 2,5% em relação a junho, a maior queda desde janeiro, quando o Reino Unido retomou os lockdowns (Imagem: REUTERS/John Sibley)

As vendas no varejo britânico caíram inesperadamente em julho, segundo dados oficiais divulgados na sexta-feira, sugerindo que pelo menos alguns consumidores deixaram de fazer compras para acompanhar o torneio de futebol Euro 2020 ou ficaram em casa devido ao aumento de casos de Covid-19.

Varejistas relataram que o torneio –em que a Inglaterra chegou à final– e o mau tempo mantiveram os consumidores longe das lojas, disse o Escritório Nacional de Estatísticas (ONS).

Os volumes de vendas caíram 2,5% em relação a junho, a maior queda desde janeiro, quando o Reino Unido retomou os lockdowns. Economistas ouvidos pela Reuters esperavam um aumento de 0,4%.

Um funcionário do ONS disse que os varejistas não citaram que preocupações com o aumento dos casos de coronavírus estivessem por trás da queda nas vendas.

Mas analistas disseram que o tamanho da queda provavelmente refletiu o impacto da variante Delta, que se espalhou rapidamente, e a necessidade de centenas de milhares de pessoas se isolarem após serem “rastreadas” por um aplicativo de do governo.

“A queda acentuada nas vendas no varejo em julho pode ser atribuída em grande parte ao aumento dos casos de Covid-19, que levou algumas famílias a evitar lojas e forçou outras a se isolar”, disse Samuel Tombs, economista da Pantheon Macroeconomics.

O ONS disse que as vendas em lojas de alimentos caíram 1,5%, refletindo um salto em junho e a abertura de mais estabelecimentos hoteleiros. As lojas não alimentícias relataram uma queda de 4,4%, embora as vendas tenham permanecido 5,8% acima dos níveis pré-pandêmicos em fevereiro de 2020.

Em um possível sinal de cautela renovada entre os consumidores, ou do mau tempo de julho, as vendas online aumentaram para 27,9% dos gastos totais, após atingir o menor patamar do período de pandemia em junho.

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