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Vendas recordes online britânicas apontam tendência duradoura

21 jun 2020, 10:00 - atualizado em 19 jun 2020, 11:23
Clientes que antes relutavam em fazer compras online não tiveram alternativa depois que lojas e restaurantes foram fechados em março para conter a pandemia (Imagem: Pixabay)

Medidas de isolamento social deram impulso às vendas de varejistas online. Presos em casa, consumidores têm feito pedidos de tudo: entrega de comida por restaurantes, flores e coquetéis já preparados.

O Reino Unido segue outros países com a reabertura de lojas não essenciais, mas empresas de comércio eletrônico apostam que a migração para a Internet veio para ficar.

Clientes que antes relutavam em fazer compras online não tiveram alternativa depois que lojas e restaurantes foram fechados em março para conter a pandemia.

As vendas online do Reino Unido como proporção do total no varejo subiram para um recorde de 33,4% em maio, segundo dados divulgados pelo Escritório de Estatísticas Nacionais na sexta-feira.

Pelo menos parte do volume deve permanecer, potencialmente em detrimento de lojas físicas que já enfrentavam dificuldades, pois um número cada vez maior de clientes prefere comprar online.

Consumidores de maior faixa etária que tentam minimizar a exposição à Covid-19 evitando multidões, a continuidade do trabalho remoto e aversão a longas filas devem manter o ritmo de vendas.

“Há um aumento do número de pessoas que compram online pela primeira vez e, considerando que elas tendem a ter mais idade, que correm mais riscos com a Covid e, portanto, têm maior probabilidade de evitar lugares cheios” podem continuar preferindo comprar online no longo prazo, disse Andy Mulcahy, diretor de estratégia e insight da associação IMRG.

Segundo ele, o problema para varejistas de lojas físicas é que muitas enfrentavam problemas para equilibrar finanças de qualquer forma, e a Covid acelerou uma mudança que acontecia lentamente.