Política

Venezuela X Guiana: entenda como o Brasil pode se envolver na crise

04 dez 2023, 11:02 - atualizado em 04 dez 2023, 11:02
Venezuela Petróleo Nicolás Maduro
País comandado por Maduro aprovou referendo de anexação da Guiana; ‘melhor caminho’ para Venezuela chegar ao país é via Brasil.  (Imagem: REUTERS/Leonardo Fernandez Viloria)

A Venezuela aprovou, nesse domingo (3), o referendo de anexação da Guiana. Segundo o governo liderado por Nicolás Maduro, 95% dos eleitores votaram ‘sim’ pela incorporação do território de Essequibo.

A região, rica em petróleo, corresponde a mais de 70% do território da Guiana. No entanto, a fronteira entre os países tem uma densa floresta tropical, inviabilizando uma invasão terrestre direta -e é aqui que o Brasil pode entrar no meio de um eventual conflito entre ambos países.

Segundo oficiais do Exército Brasileiro, em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, atravessaria necessariamente o Brasil.

Isso se deve ao fato de que o norte do estado de Roraima pode ser a melhor alternativa de invasão de Maduro ao país vizinho. Por lá, há três cidades e uma estrada que poderia servir de entrada para Guiana.

Por lá, o Exército já aumentou o efetivo militar, ainda que com um número relativamente pequeno de soldados. São 130 atualmente, o dobro do usual. A Força Armada considera ‘improvável’ uma invasão de Maduro ao país vizinho.

Lula pede ‘bom senso’

O presidente Lula falou sobre o tema, neste domingo (3), durante a COP 23, em Dubai. “Se tem uma coisa que o que a América do Sul não está precisando agora é de confusão”, disse.

Ele também afirmou que Celso Amorim, assessor especial da Presidência, esteve em Caracas para dialogar com o presidente Nicólas Maduro.

Lula disse que espera ‘bom senso’ de ambos países no momento.

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Repórter formado pela PUC-SP, com passagem pelo Poder360, Estadão e Investidor Institucional. Tem pós-graduação em jornalismo econômico pela FGV-SP, através do programa Foca Econômico 2022, do grupo Estado. No Money Times, cobre política, mercados e também a indústria de armas leves no Brasil.
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Repórter formado pela PUC-SP, com passagem pelo Poder360, Estadão e Investidor Institucional. Tem pós-graduação em jornalismo econômico pela FGV-SP, através do programa Foca Econômico 2022, do grupo Estado. No Money Times, cobre política, mercados e também a indústria de armas leves no Brasil.
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