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Via (VIIA3): Os problemas que a empresa precisa resolver para a ação virar ‘compra’

10 mar 2023, 14:55 - atualizado em 10 mar 2023, 14:55
Megaloja Casas Bahia, Via
No quarto trimestre da Via, as vendas brutas totais somaram R$ 12,5 bilhões no trimestre, alta de 5,7%. (Imagem: Divulgação/Casas Bahia)

A Via (VIIA3) apresentou melhora de receita das lojas físicas, mas com o volume online de vendas ainda sob pressão, avaliou o BTG Pactual nesta sexta-feira (10).

O banco, que segue com recomendação “neutra” para ação, disse que uma mudança de perspectiva sobre VIIA3 depende da monetização de créditos fiscais – o que seria, na avaliação do BTG, uma possível chave para uma estrutura de capital mais otimizada.

A instituição, em relatório assinado por Luiz Guanais e equipe, afirmou que a Via precisa demonstrar uma recuperação sustentável no tráfego de lojas, melhorar o desempenho do comércio eletrônico e aumentar a monetização do volume de vendas online.

Esses passos, disseram os analistas, são fundamentais para a alavancagem financeira e operacional da companhia nos próximos trimestres. Afinal, segundo eles, a estrutura de capital é questão importante para a Via.

“Continuamos cautelosos [com a ação da Via] devido às perspectivas de comércio eletrônico competitivo, forte exposição a eletrônicos/eletrodomésticos, custos de financiamento mais altos, incerteza sobre provisões e monetização de créditos fiscais, o que pode prejudicar sua capacidade investir no crescimento de suas operações”.

A Via reportou um prejuízo de R$ 163 milhões no trimestre, ante um lucro líquido de R$ 29 milhões no 4T21. No primeiro pregão após a divulgação dos resultados, VIIA3 chegou a cair 12%, mas arrefeceu a baixa para 7% durante a tarde desta sexta.

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4T22 da Via

No quarto trimestre da Via, as vendas brutas totais somaram R$ 12,5 bilhões no trimestre, alta de 5,7% na comparação anual. As vendas em lojas físicas contribuíram com um crescimento de 16,0%, mas as vendas nos canais on-line prejudicaram o desempenho consolidado, encolhendo 4,3%.

A empresa registrou um crescimento de 8,8% da receita líquida, a R$ 8,8 bilhões, com um incremento de 2,2 pontos percentuais na margem bruta, a 31,3%.

“Apesar da melhoria observada na margem bruta, o Ebitda ajustado manteve-se praticamente estável na comparação anual (-1,7% a/a), o que implicou na queda de 0,8 p.p. a/a de margem Ebitda ajustada, que atingiu 7,0% no trimestre”, lembrou o BB Investimentos.

A queda da margem operacional aconteceu por conta do incremento das despesas com vendas, gerais e administrativas, como percentual da receita líquida. “A retração da margem Ebitda ajustada foi intensificada pelo incremento das despesas financeiras em decorrência da elevação da taxa de juros”, destacaram analistas.

A Via manteve praticamente estável sua posição de caixa líquido em cerca de R$ 2 bilhões e apresentou uma variação positiva de R$ 1,8 bilhão do capital de giro.

Editor
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com Gazeta do Povo, Estadão, entre outros.
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