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Vibra (VBBR3), XP Inc. (XP) e Aliansce Sonae (ALSO3); veja quanto cada empresa lucrou no 2T23

14 ago 2023, 19:46 - atualizado em 14 ago 2023, 20:03
XP Inc.
XP tem queda de 15% nas despesas administrativas e gerais (Imagem: XP Inc./LinkedIn/Reprodução)

A XP Inc (XP) reportou nesta segunda-feira lucro líquido de 977 milhões de reais no segundo trimestre, alta de 7% ano a ano, reflexo de redução de despesas, uma vez que o desempenho das receitas permaneceu pressionado pelo ambiente macroeconômico.

“Passamos por um processo de controle de custos e aumento de eficiência, e estamos começando a colher os resultados – vide a ampliação nas margens e aumento na rentabilidade”, afirmou o diretor financeiro do grupo, Bruno Constantino, em comunicado que acompanhou a divulgação do balanço.

As despesas administrativas e gerais recuaram 15%, para 1,25 bilhão de reais, enquanto as despesas de pessoal caíram 18%, para 899 milhões. Na base trimestral, porém, subiram 19% e 18%, respectivamente. Ao final de junho, a empresa tinha 6 mil “colaboradores”, 5% menos que os 6,3 mil de um ano antes.

O lucro antes de impostos (EBT) cresceu 12% ano a ano e 19% no trimestre, a 968 milhões de reais, com melhora na margem para 27,3%, de 25,3% um ano antes e 26% no primeiro trimestre. O retorno sobre o patrimônio líquido (ROAE) caiu de 22,9% para 22% na comparação anual, mas subiu 3,3 pontos na base sequencial.

A receita bruta teve acréscimo de apenas 3% em relação ao mesmo período do ano passado, com ajuda do segmento de varejo (+8%), enquanto institucional e grandes empresas e mercado de capitais tiveram quedas de 12% e 15%, respectivamente. A receita líquida também subiu 3%, a 3,5 bilhões de reais.

Na receita de varejo, a renda variável e a renda fixa mostraram estabilidade, enquanto a plataforma de fundos teve queda de 14%. Os destaques positivos foram as chamadas “novas verticais”, com cartões tendo aumento de 116%, enquanto seguros mostrou expansão de 57% e previdência elevação de 8%.

“Novas verticais seguem amadurecendo e já entregam resultados robustos, representando 11% da nossa receita bruta, contra 7% no ano passado”, disse o presidente da plataforma de investimentos, Thiago Maffra, no comunicado.

No segundo trimestre, a XP também chegou a 1,024 trilhão de reais em ativos sob custódia, mas a captação líquida caiu 49% ano a ano, para 22 bilhões de reais. Esses dados foram divulgados em julho, assim como a carteira de crédito, que alcançou 17,9 bilhões de reais no segundo trimestre.

O grupo encerrou junho com 4,013 milhões de clientes ativos, de 3,629 milhões. Também tinha 14,1 mil agentes autônomos, alta de 25% na comparação anual.

Vibra Energia

O lucro líquido da Vibra Energia (VBBR3) recuou 81,2% no segundo trimestre ante o mesmo período do ano anterior, para 133 milhões de reais, em meio a um cenário desafiador, com impactos de uma forte entrada de diesel russo no Brasil com descontos nos preços, informou a maior distribuidora de combustíveis do país nesta segunda-feira.

Na comparação com o primeiro trimestre, no entanto, o resultado cresceu 64,2%, principalmente pelo maior Ebitda no período, compensado parcialmente por menores resultados financeiros, mostrou a empresa.

“O segundo trimestre apresentou um cenário bastante desafiador, pois houve intensificação da entrada de diesel de origem russa, praticamente substituindo essa molécula originada no golfo americano, principal origem de produto importado no mercado brasileiro, devido ao forte desconto de preço do produto russo”, disse a empresa.

O volume de diesel importado no Brasil no trimestre, segundo a Vibra, foi de cerca de 3,5 bilhões de litros, quando o produto russo representou cerca de 55%.

A Vibra optou por não comprar diesel da Rússia neste trimestre, e reforçar seu posicionamento com molécula nacional e, com isso, buscou priorizar sua rede embandeirada, clientes contratados e operações que melhoram a rentabilidade da companhia, disse a empresa.

Nesse cenário, a empresa registrou uma queda de 2% no volume de vendas, principalmente, pelas menores vendas de coque (-41,6%), demais produtos (-19,4%), etanol (-11,2%) e diesel (-6,6%) compensado parcialmente pelas maiores vendas de lubrificantes (+5,0%) e de gasolina (+12,0%), responsável pelo crescimento de vendas no ciclo otto (+5,9%).

Na comparação com o primeiro trimestre, houve um recuo de 3,2% nos volumes totais.

A receita líquida ajustada somou 37,36 bilhões de reais, queda de 21% na comparação anual e recuo de 4,7% versus o primeiro trimestre.

Já lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação (Ebitda) ajustado somou 910 milhões de reais, recuo de 43,1% na comparação anual e alta de 32,3% ante o primeiro trimestre.

“Cabe ressaltar que esses resultados foram obtidos mesmo sob sucessivas reduções de preços de combustíveis no mercado nacional, que trouxeram impacto relevante em inventários de produtos, especialmente em diesel, óleo combustível e combustível para aviação.”

A Vibra destacou que teve uma redução de cerca de 400 milhões de reais na dívida líquida na comparação com o trimestre anterior, reflexo do fluxo de caixa operacional (900 milhões de reais) no período.

Aliansce Sonae

Shoppings ALSO3
Aliansce supera expectativas com lucro de R$ 153 milhões (Imagem: Divulgação)

A Aliansce Sonae (ALSO3) teve lucro líquido de 153 milhões de reais no segundo trimestre, queda de 3,6% sobre o resultado obtido um ano antes, conforme balanço divulgado nesta segunda-feira.

A companhia apurou lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado de 465,4 milhões de reais no trimestre encerrado em junho, avanço de 16,3% em 12 meses.

Analistas, em média, esperavam lucro líquido de 91 milhões de reais para o segundo trimestre, com Ebitda de 444 milhões, segundo dados da Refinitiv.

A empresa, maior operadora de shopping centers do país, encerrou o trimestre com receita líquida de 636 milhões de reais, crescimento 13,9% sobre um ano antes.

O indicador de vendas mesmas lojas subiu 2,4% ante expansão de 45,2% um ano antes, quando as medidas de isolamento social decorrentes da pandemia já tinham sido retiradas.

A taxa de ocupação nos três meses encerrados em junho foi de 95,7%, abaixo dos 96,9% do segundo trimestre de 2022. Enquanto isso, a inadimplência líquida como percentual da receita passou de 1,9% para 2,5%.

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