Visa aposta em stablecoins e começa testes para acelerar pagamentos internacionais com criptomoedas

Visa começa testes para ter stablecoins como opção para pagamentos internacionais (Reuters/Philippe Wojazer)

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A Visa disse nesta terça-feira (30) que começará a testar uma nova maneira de as empresas financiarem pagamentos internacionais, permitindo que usem stablecoins em vez de pré-depositar dinheiro em contas locais.

A iniciativa sinaliza uma aceitação crescente desses tokens digitais por grandes empresas, que foram encorajadas pela aprovação, nos Estados Unidos, da Genius Act, uma lei que estabeleceu regras claras para os emissores de stablecoins.

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“A Genius Act mudou tudo. Tornou tudo muito mais legítimo. Antes dessa clareza regulatória, todas as grandes instituições estavam meio indecisas”, disse Mark Nelsen, chefe de produtos para soluções comerciais e de movimentação de dinheiro da Visa, em entrevista à Reuters.

A empresa está trabalhando com alguns parceiros não revelados e planeja expandir o programa piloto no próximo ano, informou.

A iniciativa permitirá que bancos, empresas de remessas e outras instituições financeiras pré-financiem contas com stablecoins em vez de moedas tradicionais.

Essa mudança pode tornar as transações internacionais mais rápidas e liberar capital, já que as empresas frequentemente precisam manter fundos travados em várias moedas ao redor do mundo para cobrir pagamentos locais.

As stablecoins são tokens digitais projetados para manter um valor constante. Elas são frequentemente lastreadas por ativos tradicionais, como o dólar americano ou títulos do Tesouro dos EUA.

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Seu uso para mover dinheiro rapidamente através das fronteiras tem alimentado preocupações de que possam minar o domínio de mercado de algumas empresas de pagamentos e bancos regionais.

“As stablecoins estão passando de truques do mundo cripto para se tornarem parte da infraestrutura financeira. É um dos motivos pelos quais lançamos um fundo de índice inverso de bancos regionais, porque acho que os bancos regionais estão com problemas”, disse Matthew Tuttle, CEO da Tuttle Capital Management, referindo-se a um fundo projetado para lucrar quando ações de bancos regionais caem.

O programa piloto da Visa, no entanto, destaca como algumas empresas estabelecidas estão focando na colaboração em vez da concorrência, transformando as stablecoins em uma ferramenta para reforçar sua própria infraestrutura.

“A quantidade de software e tecnologia que já foi implementada globalmente para pagamentos é difícil de recriar. Então, parece mais provável apenas incorporar a tecnologia das stablecoins aos fluxos existentes”, disse Nelsen.